O processo de adaptação na família adotiva sob a perspectiva da criança

Nome: BIANCA VELLO COLNAGO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/10/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CÉLIA REGINA RANGEL NASCIMENTO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CÉLIA REGINA RANGEL NASCIMENTO Orientador
CLAUDIA PARESQUI ROSEIRO Examinador Externo
EDINETE MARIA ROSA Examinador Interno

Resumo: COLNAGO, B. V. (2019). O processo de adaptação na família adotiva sob a perspectiva da
criança. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade
Federal do Espírito Santo. Vitória, Espírito Santo.

RESUMO
Na adoção de crianças e adolescentes, a adaptação é um processo gradual em que se
estabelecem vínculos entre a criança e sua família. A proposta deste trabalho foi investigar a
experiência de adaptação ao ambiente familiar de uma criança inserida em uma família. Foi
realizado um estudo de caso com abordagem qualitativo-descritiva, com embasamento na
Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Bronfenbrenner. Neste estudo, a
adaptação é observada pela perspectiva da criança. Para complementar as informações obtidas,
foram realizadas entrevistas com a mãe e com membros da família extensa. Para a coleta de
dados, foram selecionados sete instrumentos: instrumento gerador do mapa afetivo; roteiro de
entrevista complementar ao mapa afetivo; ecomapa; baralho das emoções; e roteiros de
entrevista com a criança, com a mãe e membros da família extensa. A utilização de uma
variedade de instrumentos permitiu que se realizasse uma visualização mais completa das
relações que a adolescente tinha com sua casa e sua rede social de apoio, facilitando que a
menina expressasse suas vivências e sentimentos. Observou-se que a participante ainda estava
em processo de adaptação e possuía sentimentos fortes e ambivalentes em relação à sua casa e
às pessoas de sua família nuclear e extensa. Ela já se considerava parte de sua família, sentindo
se aceita pelos familiares e considerando-os como membros de sua família, mas ainda não havia
se desvinculado completamente da ideia de reintegração familiar e possuía a instituição de
acolhimento como referência significativa. Verificou-se que a adolescente considerava que a
casa da família a pertencia, porém ainda não havia desenvolvido em sua plenitude o sentimento
de apropriação em relação a todos os espaços da casa. Foram observados diversos fatores que

favoreciam a adaptação da participante, como exemplos: a demarcação de um espaço para a
adolescente na nova casa; a abertura dos pais para que ela pudesse contar sua história e manter
contato com suas irmãs; a mudança de emprego dos pais; as viagens regulares em família; a
facilidade da adolescente em fazer amizades e deixar transparecer seus sentimentos; e a familia
extensa ser grande e próxima. Notou-se, também, a existência de dificultadores da adaptação,
como: o medo de substituir sua família biológica; o sentimento de culpa por sentir-se
responsável pela separação da família biológica; a dificuldade em se sentir completamente feliz
sem evocar tristeza ao relembrar de seu passado; o desconforto em expressar seus sentimentos
na frente de familiares; e o fato de a adolescente ter menos companhia dos pares desde a adoção,
sentindo-se solitária no ambiente doméstico. Espera-se que este estudo possa contribuir para
ampliar os conhecimentos acerca do processo de adaptação da criança à nova família e na
avaliação de possíveis impactos do processo adaptativo no relacionamento da criança com seu
novo ambiente doméstico. Como limitações para o estudo, destaca-se a dificuldade ao acesso
aos participantes.

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