Avaliação de Noções Operatórias em Adolescentes Com e Sem Indícios do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

Nome: SIMONE CHABUDEE PYLRO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 04/09/2012
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
CLAUDIA BROETTO ROSSETTI Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
MARIA THEREZA COSTA COELHO DE SOUZA Examinador Externo
MEIRE ANDERSAN FIOROT Examinador Externo
SÁVIO SILVEIRA DE QUEIROZ Examinador Interno
PAULO ROGÉRIO MEIRA MENANDRO Examinador Interno
CLAUDIA BROETTO ROSSETTI Orientador

Resumo: Esse estudo teve por objetivo investigar as noções operatórias de permutações e de quantificação das probabilidades entre estudantes com e sem indícios do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Para compor os dois grupos: (a) com indícios de TDAH e (b) sem indícios de TDAH, aplicamos a Escala para Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade Versão para professores de Benczik (2000), a nove educadores. Após a aplicação desse instrumento, os grupos com e sem indícios de TDAH foram compostos com 12 estudantes cada, perfazendo um total de 24 adolescentes, sendo oito do sexo masculino e 16 do feminino; com idade entre 15 e 17 anos, todos matriculados no 2º ano do Ensino Médio de uma instituição da rede pública estadual. Também foram aplicados os questionários Adult Self-Report Scale - ASRS 18 aos alunos que obtiveram índices sugestivos de TDAH, após a primeira avaliação; e o SNAP-IV, aos pais dos alunos que apresentaram indícios do transtorno. Após a composição dos grupos, os estudantes participantes responderam aos itens de permutações e quantificação das probabilidades da Échelle de Développement de La Pensée Logique (EDPL) (1965/1974) e jogaram duas partidas dos jogos Lua Vermelha e Lucky Casino, do CD Missão Cognição, de Haddad-Zubel (2006). Além disso, foram realizadas entrevistas acerca da prática dos dois jogos. No caso do jogo Lucky Casino, a entrevista foi acompanhada pela apresentação de algumas situações-problema. A aplicação de cada instrumento foi conduzida de modo individual, buscando respeitar o método clínico piagetiano (1947/2005). Para análise dos jogos foram propostos níveis de compreensão do sistema lógico de cada jogo. Os resultados indicaram que diante do uso de um instrumento de avaliação mais clássico (EDPL), adolescentes com TDAH tenderam a apresentar, diferentemente dos adolescentes sem indícios, respostas características de um pensamento pré-operatório, no que se refere à noção de permutações; e operatório concreto, na avaliação de quantificação das probabilidades. Ao resolverem problemas similares em um formato de jogo eletrônico, esses mesmos estudantes obtiveram melhor classificação, situando-se quanto à compreensão do sistema do jogo, no nível 2, em tarefas de permutações e de quantificação das probabilidades, denotando traços de um pensamento de nível operatório concreto. Esses dados chamaram a nossa atenção, especialmente na prova de permutações da EDPL, pois o pensamento pré-operatório caracteriza-se por ser intuitivo, escasso de propriedades como antecipação, conservação e reversibilidade, o que poderia comprometer bastante a rotina de um adolescente, especialmente o aproveitamento de tarefas oriundas de sua vida escolar. Por fim, vale lembrar que tendo em vista o número restrito de participantes no presente estudo, os dados aqui relatados devem ser analisados com cautela e sem generalizações, havendo a necessidade de pesquisas futuras que possam explorar melhor tais questões.

Palavras-chave: transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, avaliação, processos cognitivos, permutações, quantificação de probabilidades, adolescente.

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