Do Diagnóstico ao Tratamento: Compreendendo o Processo de Enfrentamento da Criança com Câncer

Nome: FERNANDA ROSALEM CAPRINI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/04/2014
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
ALESSANDRA BRUNORO MOTTA LOSS Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
GIMOL BENZAQUEN PEROSA Examinador Externo
ANA CRISTINA BARROS DA CUNHA Examinador Interno
ALESSANDRA BRUNORO MOTTA LOSS Orientador

Resumo: O câncer pediátrico representa um contexto aversivo para os pacientes, na medida em que a presença de estressores potenciais coloca a criança e sua família em uma situação de vulnerabilidade. Desse modo, a verificação de recursos pessoais, familiares e ambientais pode contribuir para a compreensão do processo de enfrentamento nos diferentes momentos da doença. Com o objetivo de analisar as mudanças no processo de enfrentamento da hospitalização de crianças com câncer em dois momentos: Tempo do diagnóstico (Tempo 1) e Tempo do tratamento (Tempo 2), cerca de dois meses após o diagnóstico, a presente pesquisa teve como participantes 12 crianças, com idade entre 6 e 12 anos (Média = 8,7 anos), em tratamento contra o câncer em um hospital de referência na Grande Vitória, ES, e seus responsáveis. Após o consentimento para participação na pesquisa, os participantes foram avaliados no momento do diagnóstico, quanto ao (a) enfrentamento da doença e da hospitalização (Instrumento de Avaliação das estratégias de Enfrentamento da Hospitalização/AEH; Kidcope); (b) problemas de comportamento (Inventário de Comportamentos para Crianças e adolescentes/CBCL); (c) risco psicossocial (Psychosocial Assessment Tool/PAT); e (d) variáveis sociodemográficas e clínicas (Entrevista com a Família; Critério de Classificação Econômica do Brasil/CCEB; e Prontuário médico). Após dois meses de tratamento, os participantes responderam novamente aos instrumentos AEH, Kidcope, CBCL e PAT a fim de verificar mudanças no processo de enfrentamento, comportamento e no ajustamento psicossocial da família. Dados referentes aos testes padronizados obedeceram aos critérios normativos estabelecidos. Os demais foram submetidos à análise de conteúdo e análise estatística descritiva, com cálculo de frequência, proporção e comparação de tempos (T1 e T2). Para a verificação de mudanças significativas entre T1 e T2, utilizou-se estatística inferencial. Não foram encontradas diferenças significativas entre T1 e T2 para as variáveis investigadas. Isso indica que o risco psicossocial presente em T1 se manteve após dois meses, assim como os estressores da doença e da hospitalização. Para lidar com a hospitalização, as crianças apresentaram estratégias adaptativas, características da família de enfrentamento acomodação, porém houve situações em que o estressor foi percebido como uma ameaça, e estratégias menos adaptativas, da família de enfrentamento submissão, foram observadas (T1 e T2). Esse estudo apresenta contribuições para a área do coping de crianças em contextos médicos e indica possíveis focos de intervenção psicológica tanto à criança como à sua família.

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