Escala de Coping da Hospitalização (COPE-H): Processo de Adaptação

Nome: DANIELE DE SOUZA GARIOLI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 31/08/2016
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
ALESSANDRA BRUNORO MOTTA LOSS Co-orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
TATIANE LEBRE DIAS Examinador Externo
KELLY AMBRÓSIO SILVEIRA Examinador Externo
WAGNER DE LARA MACHADO Examinador Externo
KELY MARIA DE SOUSA PEREIRA Examinador Interno
SONIA REGINA FIORIM ENUMO Orientador

Páginas

Resumo: Há poucos estudos sobre como as crianças enfrentam o contexto hospitalar, especialmente pela falta de instrumentos de avaliação do coping da hospitalização. Esta medida tem sido feita no país e em Portugal, desde 2001, pelo Instrumento de Avaliação da Estratégias de Enfrentamento da Hospitalização (AEH), uma escala tipo likert com 20 cenas mostrando comportamentos facilitadores e não facilitadores da hospitalização. Este estudo teve por objetivo adaptar o AEH segundo a Teoria Motivacional do Coping e verificar suas evidências de validade. O coping é definido como regulação da ação sob estresse, em uma perspectiva desenvolvimentista. Foram elaborados os itens, compondo as duas versões de uma nova escala denominada Coping da Hospitalização (COPE-H e COPE-H-Cuidador), submetidas a cinco juízes para avaliação da pertinência da linguagem, prática e teórica. A versão final do COPE-H e COPE-H-Cuidador obteve 100% de concordância entre os juízes. Ficou composta por um caderno de aplicação (feminino e masculino), que contém 18 cenas coloridas representando respostas de coping, com 65 itens inseridos em cartões no formato de balões de pensamento, e um formulário de resposta e um de correção e interpretação. Participaram de um estudo-piloto 20 crianças e seus cuidadores. Compuseram a amostra 133 crianças de 6 a 12 anos e seus cuidadores, em dois hospitais de referência no atendimento infantil do Estado do Espírito Santo. As evidências de validade baseadas em variáveis externas foram obtidas com dois instrumentos: Kidcope, medindo o mesmo constructo, e o Child Behavior Checklist (CBCL- 6-18 anos) avaliando um constructo diferente, no caso, problemas de comportamento. A busca de validade baseada na consequência de testagem foi realizada através de entrevistas com 32 profissionais de saúde que atendiam essas crianças. A aplicação dos instrumentos seguiu os princípios éticos em pesquisa. A análise
fatorial sugeriu três fatores: 1) Coping Mal Adaptativo da Hospitalização, 2) Coping Adaptativo da Hospitalização e 3) Coping de Desengajamento Involuntário e Voluntário da Hospitalização, com alfa de Cronbach satisfatórios (0,69-0,98). Foi feita a normatização para esses três fatores, para idade, sexo e a população geral. O COPE-H-Cuidador não obteve evidências de validade de estrutura interna pela análise fatorial exploratória. A análise de redes de correlações mostrou: a) validade convergente entre o Fator 1 do COEP-H e a dimensão de Coping Negativo do Kidcope; e b) indicadores de validade discriminativa, com total divergência entre problemas de comportamento (CBCL) e o coping. Com relação às consequências de testagem, as entrevistas com os cuidadores mostraram diferenças comportamentais positivas em 76% das crianças após aplicação do COPE-H. A amostra apresentou uma prevalência de respostas de coping adaptativo (assistir televisão, tomar remédio, conversar, sentir coragem e rezar/orar) em relação às respostas mal adaptativas (esconder-se e pensar em fugir). O coping de desengajamento ocorreu principalmente em crianças mais novas. A análise de redes das variáveis mostrou 2 blocos: a) variáveis do CBCL (6-18 anos); e b) medidas de coping e os dados de caracterização e aspectos clínicos das crianças. Considera-se, assim, que o COPE-H apresenta propriedades psicométricas adequadas para ser aplicado em crianças de 6 a 12 anos, podendo fazer parte de protocolos de assistência à criança hospitalizada.
Palavras-Chave: Coping; Hospitalização; Avaliação psicológica; Validade do Teste.

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