Estratégias de Enfrentamento e Problemas Comportamentais em Crianças com Câncer, na Classe Hospitalar

Nome: PAULA COIMBRA DA COSTA PEREIRA HOSTERT
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/08/2010

Banca:

Nomeordem crescente Papel
SONIA REGINA FIORIM ENUMO Orientador
KELY MARIA DE SOUSA PEREIRA Examinador Interno

Resumo: A hospitalização, especialmente em doenças crônicas como o câncer, afeta o comportamento e o desenvolvimento infantil; o que pode ser mediado pelas estratégias de enfrentamento (EE) da criança e pelas condições oferecidas pelo hospital, como ter uma classe hospitalar (CH). Este trabalho analisou as EE de crianças com câncer, incluindo as preferências lúdicas, e suas relações com problemas emocionais e comportamentais, considerando sua mediação pela inclusão na CH. Participaram 18 crianças (6-12 anos), com câncer, hospitalizadas por 47 dias em média, atendidas em CH de um hospital público infantil. Estas responderam o Instrumento Informatizado para Avaliação das Estratégias de Enfrentamento (AEHcomp) e o Instrumento Informatizado para Avaliação do Brincar no Hospital (ABHcomp), e seus cuidadores responderam ao Child Behavior Checklist (CBCL 6-18 anos) e à Escala de Comportamento Infantil A2-Rutter (ECI). O Estudo 1 analisou as EE da hospitalização, identificando a distração como mais freqüente, seguida pela ruminação, solução de problemas e busca de suporte; e os comportamentos mais escolhidos: brincar, conversar, assistir TV, tomar remédio e estudar. O Estudo 2 analisou as preferências lúdicas no hospital e os problemas comportamentais e emocionais dessas crianças, identificando as atividades preferidas: desenhar e assistir TV. A maioria das crianças apresentou problemas de comportamento (94,4%) no CBCL (6-18 anos) e emocionais (61,1%) no ECI. No geral, não houve relações significativas entre dados da doença, sócio-demográficos, problemas de comportamento e emocionais, e as EE e as preferências lúdicas das crianças. Os achados sugerem que as crianças sofrem significativo impacto da hospitalização, mesmo freqüentando a CH, necessitando de auxílio para criar EE favoráveis ao seu desenvolvimento. Esta condição justifica o incentivo ao brincar no hospital, por este cumprir seu papel como EE e humanização da hospitalização infantil.

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