Da tutela à liberdade: A Percepção dos Moradores do Serviço de Residências Terapêuticassobre o significado do morar
Resumo: O Serviço Residencial Terapêutico aparece como moradias ou casas inseridas, preferencialmente, na comunidade (Brasil, 2000, s/p), mas também é definindo como modalidade assistencial substitutiva da internação psiquiátrica e como unidade de suporte, indicando-o como um serviço de saúde, não caracterizando as Residências somente como lar. Cria-se uma direção ao pensar a RT como um local de passagem, apontando para outras possibilidades que não apenas a RT, e dessa forma, oferta-se ao morador, um ambiente facilitador para que ele crie seu próprio modo de viver. Considerando a ideia da inserção em uma RT ser um processo transitório e não o objetivo final, é necessário repensar o percurso da reabilitação psicossocial no sentido de que a aproximação do morador de sua família e a retomada de laços familiares se torna essencial neste processo. No entanto, a residência como moradia, como lar, não tem sido questionamento de estudos nacionais sobre o SRT. Não é possível, contudo, afirmar que a RT é um casa para todos os moradores, ainda que não considerada como uma não casa, por se tratar de um espaço não asilar, com características de uma residência, e com objetivos de abrigar e oferecer um espaço de interação social e valorização da subjetividade e individualidade dos moradores. Pensando nesta perspectiva da casa e do habitar, o sujeito sai desse espaço asilar e tutelar, que não é sua casa para um lugar posto e escolhido por outros, sem que seus desejos e anseios sejam considerados, e que deve ser considerada sua casa.Os estudos existentes sobre as Residências Terapêuticas têm geralmente, como participantes, os cuidadores e/ou profissionais de saúde, não existindo então, os que abordam o ponto de vista do morador com relação às RTs.
Data de início: 29/11/2016
Prazo (meses): 24
Participantes:
Papel | Nome |
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Coordenador | TERESINHA CID CONSTANTINIDIS |