Qualidade de vida na pós-graduação stricto sensu no contexto do produtivismo acadêmico

Nome: SIMONE DE ALMEIDA AUDIBERT
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/09/2019

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
MARISTELA DALBELLO DE ARAUJO Examinador Externo
SÁVIO SILVEIRA DE QUEIROZ Orientador
THIAGO DRUMOND MORAES Examinador Interno

Resumo: A pós-graduação no Brasil tem história recente. A partir da década de 80, passou por uma expansão expressiva, sofrendo mudanças que afetaram os processos de avaliação e que priorizaram a produção científica e, por consequência, a pesquisa. Essas mudanças trouxeram resultados positivos e negativos para a qualidade dos programas de pós-graduação e para a qualidade da vida acadêmica e da ciência. Atualmente, a concepção quantitativista tornou-se o principal indicador na produção científica, com desdobramentos para área da docência e de formação de pesquisadores. Segundo a literatura, o desenvolvimento científico está ocorrendo à custa de significativo sofrimento psíquico e desgaste emocional dos atores envolvidos. Este estudo teve como objetivo investigar a percepção dos pós-graduandos sobre sua qualidade de vida em suas experiências de vida e de vida acadêmica. Os resultados mostraram baixos índices de qualidade de vida geral; baixos índices de qualidade de vida na pós-graduação quanto a aspectos físicos e psicológicos, e melhores avaliações quanto a fatores pessoais e profissionais; e níveis preocupantes de ansiedade, depressão e estresse, com o quantitativo de 30% de pósgraduandos em níveis grave e muito grave. Pode-se perceber que as mulheres, mestrandas e bolsistas podem ser consideradas grupo de risco e deveriam ser foco de programas de promoção da qualidade de vida e saúde. Essas estatísticas corroboram a literatura consultada e possibilitam o entendimento desta questão enquanto um fenômeno coletivo, se afastando de diagnósticos individuais. Por isso, este estudo aponta a necessidade de buscar formas de enfrentamento que privilegiem o âmbito coletivo, além de promover espaços de diálogo e reflexão crítica. Também sugere estratégias que considerem os fatores que mais impactam a qualidade de vida e saúde dos pós-graduandos, tais como: garantir o tempo necessário ao lazer, vida social, descanso e sono; adequada capacidade financeira; vivências positivas quanto ao processo de orientação e à relação com professores; equilíbrio da carga de atividades; e promoção de atividades que fortaleçam as relações entre os pós-graduandos.

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