Representações sociais de velhice e práticas de qualidade de vida entre idosos e profissionais de CCTIs de Vitória/ES

Nome: THAYS HAGE DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/11/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIANA BONOMO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA MARIA JUSTO Examinador Externo
MARIA CRISTINA SMITH MENANDRO Examinador Interno
MARIANA BONOMO Orientador

Resumo: Mundialmente, as sociedades têm passado por um processo de envelhecimento populacional, que tem suscitado uma série de mudanças sociais, incluindo a necessidade de desenvolvimento de formas de garantir qualidade de vida à população que envelhece. Além disso, a atual pandemia de Covid-19 trouxe inúmeros impactos psicossociais à pessoa idosa. Tendo como aparato teórico-metodológico a Teoria das Representações Sociais, a presente pesquisa teve como objetivo investigar as representações sociais de velhice e as práticas de qualidade de vida em Centros de Convivência para a Terceira Idade de Vitória/ES, entre idosos e profissionais desse serviço, no contexto de pandemia de Covid-19. Para tanto, foram realizados dois estudos complementares, a saber: (i) Estudo 1, que consistiu em pesquisa documental desenvolvida por meio da análise de 340 vídeos produzidos por profissionais de CCTIs de Vitória/ES destinados aos idosos, e postados na rede social do serviço; e (ii) Estudo 2, realizado por meio de entrevistas com 12 idosas frequentadoras de um dos CCTIs de Vitória/ES. A coleta e a análise dos dados foram baseadas na Teoria Fundamentada dos Dados, e possibilitaram a criação de teorias interpretativas sobre as representações sociais de velhice e as práticas de qualidade de vida compartilhadas entre as idosas e também entre profissionais de CCTIs. Os principais resultados encontrados demonstram que: no Estudo 1, as idosas representam a velhice (i) relacionada às perdas físicas e cognitivas, indesejadas pelas mesmas, e (ii) ancorada em valores sociais (como a produtividade e a juventude) e práticas de qualidade de vida, com as quais se identificam; e, no Estudo 2, tem-se como referência aos profissionais a velhice associada (i) tanto à ideia de negação dos valores sociais contemporâneos de produtividade e de valorização da juventude, (ii) quanto relacionada às práticas de qualidade de vida, à produtividade, à positividade e ao envelhecimento saudável. Integrando os estudos desenvolvidos, discute-se o modo como profissionais e idosas ancoram elementos da temporalidade atual e compartilham informações no espaço do CCTI para atualizar as representações de velhice associando-as a práticas de qualidade de vida, bem como produzindo significados sobre essas “novas” velhices. Salienta-se a importância de políticas públicas para garantia de direitos e promoção de qualidade de vida aos indivíduos que envelhecem, e espera-se que a presente pesquisa possa contribuir com a ampliação de discussões acerca dos temas em questão. Tendo em vista a necessidade de reformulação sobre a imagem do idoso na sociedade, defende-se, ainda, que a velhice deve ser compreendida como uma etapa que requer dignidade e qualidade de vida nas diferentes esferas dos contextos de vida dos idosos.

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