Comportamentos antissociais de adolescentes em acolhimento institucional: estudo de caso e proposição de cartilha para cuidadores

Nome: ANNE SILVA RODRIGUES DALTRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/10/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELIZEU BATISTA BORLOTI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DIEGO ZILIO ALVES Examinador Interno
ELIZEU BATISTA BORLOTI Orientador
JULIANA GOMES DA CUNHA BALTAR Examinador Externo

Resumo: Crianças e adolescentes que sofreram algum tipo de violência ou negligência doméstica são encaminhados para unidades de Acolhimento Institucional – medida de proteção temporária no contexto brasileiro, que visa reintegrar essa vítima à sua família de origem ou encaminhá-la a um novo círculo familial que favoreça um desenvolvimento saudável. Nas casas de Acolhimento Institucional, é primordial que os profissionais estejam preparados e cientes para lidar com essa população, visto que, a depender da frequência, severidade e duração da violência sofrida, essas crianças e adolescentes podem estar em um grupo de risco clínico ao desenvolvimento de comportamentos antissociais, como agressão, autolesão e desobediência. Entende-se, assim, a necessidade de compreender qual é a participação de cuidadores ou educadores sociais na manutenção de comportamentos antissociais de crianças e adolescentes acolhidos e de desenvolver um material prático que guie o manejo de comportamentos por esses profissionais. Sendo assim, os objetivos desta pesquisa foram: descrever as dificuldades de cuidadores com comportamentos problemáticos dos acolhidos, classificando com quais comportamentos antissociais os cuidadores têm maior dificuldade de lidar; identificar a função, em contingências, dos comportamentos antissociais emitidos por adolescentes; verificar a concordância na descrição das características de comportamentos antissociais entre os cuidadores; elaborar um material em formato de cartilha com cunho prático que oriente cuidadores e outros profissionais acerca do manejo de respostas antissociais. No Estudo 1, Comportamentos antissociais de adolescentes em Acolhimento Institucional: uma avaliação funcional indireta a partir das dificuldades de cuidadores, foi utilizada a Ferramenta de Triagem de Análise Funcional para realizar uma Avaliação Indireta (Avaliação Funcional) dos comportamentos antissociais de adolescente acolhidos e hipotetizar funções, e uma Escala de Dificuldade, a fim de investigar quais comportamentos os cuidadores tem maior e menor dificuldade em lidar. Os resultados apontaram que as principais funções foram atenção como reforçador social e cessação da estimulação aversiva como reforçador negativo da fuga/esquiva. Esta pesquisa apontou o grande envolvimento de cuidadores na manutenção inadvertida de comportamentos antissociais de uma adolescente acolhida, demonstrando a insuficiência de conhecimento e práticas eficazes na resolução e manejo de comportamentos problemáticos por educadores. Em relação às dificuldades, o comportamento avaliado como mais difícil de lidar foi destruir objetos e o mais fácil foi o agredir. Apesar dessas respostas, a avaliação de tríplice contingência apontou divergências entre as respostas dadas e a avaliação funcional. No Estudo 2, Manejo de comportamentos antissociais de crianças e adolescentes em Acolhimento Institucional: uma proposta de cartilha para cuidadores, foi elaborada uma proposta de cartilha de cunho prático, cujo conteúdo foi segmentado em 5 temas inseridos nas seções do texto: introdução, história de vida, pró-sociabilidade, ensino de tríplice contingência e conclusão. A cartilha foi nomeada de “Manejo de comportamentosproblema: Cartilha para cuidadores” e foi avaliada pelos critérios de aplicabilidade e a clareza do conteúdo e submetida a oito juízes (três psicólogos - um especialista de AC, um mestre e um doutor, um psicopedagogo, um educador social de AI, um coordenador de uma casa de Acolhimento Institucional, um assistente social e um professor de ensino infantil). Uma versão final foi elaborada e disponibilizada online para ser compartilhada nas casas de acolhimento.

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