Indicadores de Estresse, Estressores e Coping em Profissionais de Psicologia que Atuam com Crianças com Transtorno do Espectro Autista

Nome: RUHANA CALIARI FABRES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/12/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
KELY MARIA DE SOUSA PEREIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GABRIELLA GARCIA MOURA Examinador Interno
KELY MARIA DE SOUSA PEREIRA Orientador
MARIANE LIMA DE SOUZA Suplente Interno
MYLENA PINTO LIMA RIBEIRO Examinador Externo

Resumo: RESUMOO Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por déficits na comunicação social e a presença de interesses restritos e comportamentos repetitivos. Devido aos impactos do transtorno sobre o desenvolvimento, é necessário que a criança receba atendimento multiprofissional, onde o psicólogo se insere, com possibilidades de intervenção, visando seu desenvolvimento. Nesse campo de atuação, muitos desafios se apresentam, o que pode gerar maior nível de estresse. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar as relações entre indicadores de estresse, estressores e copingem profissionais da psicologia que atuam com crianças com TEA. O estudo foi realizado em plataforma digital com amostra de 97 participantes para aplicação dos protocolos on-linedos instrumentos: 1) Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB); 2) Formulário de Caracterização da Amostra, elaborado para este estudo; 3) Escala de Estresse Percebido (EPS-10); 4) Questionário de Estresse em Profissionais da Saúde (QSPS); e 5) Protocolo de Identificação de Estressores (PIE), também organizado para este estudo, com base na literatura sobre o tema. Parte da amostra (n=25) respondeu a Escala de Coping, adaptada da Motivational Theory of CopingScale-12 (MTC-12), de Lees. A coleta de dados foi realizada no período da Pandemia da Covid-19, entre outubro de 2021 e maio de 2022, com questões sobre surgimento e/ou intensificação de estressores nesse período. Os dados foram submetidos às análises estatísticas descritiva e correlacional. Em relação a EPS-10, a amostra apresentou baixo estresse percebido nos últimos 30 dias (M=23,47), embora 25,7% dos participantes indicaram nível moderado e 17,5% pontuações classificadas no nível alto. Os principais estressores levantados pelo QSPS no exercício da profissão foram excesso de trabalho e fatores relacionados ao relacionamento com clientes, identificando níveis moderado (39,17%) e alto (43,29%) de estresse. Resultados do PIE apontaram como estressores as exigências da profissão para aperfeiçoamento e ampliação de conhecimento, demanda psicológica intensa e desgaste emocional nos atendimentos. Na percepção dos participantes, a pandemia intensificou estressores como a sobrecarga de trabalho e o desgaste emocional, bem como os comportamentos disruptivos das crianças e as demandas de inclusão na educação regular. Diferenças significativas foram encontradas entre subgrupos em relação a tempo de formação, tempo de atuação com a população-alvo, vínculo e carga horária de trabalho; profissionais com menos de 5 anos de formação, 3 anos ou menos de atuação e carga horária superior a 20 horas semanais experienciam níveis maiores de estresse. Para lidar com esses estressores, os profissionais de psicologia utilizaram principalmente estratégias de enfrentamento adaptativas, como Busca de Informação, Resolução de Problemas, Busca de Suporte e Negociação. Também se destacou a família Fugano manejo dos comportamentos disruptivos, o que indica ameaça à necessidade psicológica básica de competência, com possível desfecho mal-adaptativo. Os resultados ressaltam estressores no trabalho de profissionais da psicologia na atuação com crianças com TEA, que ocasionam níveis consideráveis de estresse nesses trabalhadores, com uso principalmente de estratégias de enfrentamento adaptativas. Esses dados são relevantes para subsidiar futuras intervenções que visem a redução dos níveis de estresse e aumento da qualidade de vida nesses profissionais.

Palavras-Chave: Estresse; Estressores; Coping; Transtorno do Espectro Autista; Psicólogos; Crianças

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