Práticas Sociais na Abordagem Estrutural das Representações Sociais: Histórico, teoria e aplicação

Nome: ÁLVARO RAFAEL SANTANA PEIXOTO

Data de publicação: 14/03/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTONIO MARCOS TOSOLI GOMES Examinador Externo
DENIS GIOVANI MONTEIRO NAIFF Examinador Externo
PEDRO HUMBERTO FARIA CAMPOS Examinador Externo
RAFAEL MOURA COELHO PECLY WOLTER Presidente
ZEIDI ARAÚJO TRINDADE Examinador Interno

Resumo: Esta tese é sobre práticas sociais dentro da abordagem estrutural da teoria das representações
sociais. Se enquadra nos níveis de análise posicional e ideológico da psicologia social.
Propomos organizar e estudar conceitos precedentes às práticas, influências de movimentos da
psicologia social e as teorias da abordagem estrutural. Sugerimos resgate conceitual da teoria
da teoria condicionalidade sobre o funcionamento dos prescritores, práticas e dinâmica
representacional. Analisamos também as publicações do campo em um artigo de levantamento
bibliográfico sobre trabalhos recentes e antigos. Como conclusões do referencial teórico temos
os seguintes pontos: (I) Necessidade de retomar estudos experimentais e observacionais, além
de conceitos antigos do campo; (II) Considerar as diversas teorias dentro da abordagem
estrutural (ativação e condicionalidade); (III) Importância dos conceitos envolvidos na
dinâmica representacional (esquema, situação social, natureza das práticas e pressão
normativa); (IV) Conjugar a abordagem societal com a estrutural para futuros avanços na
compreensão das práticas; (V) Utilizar corretamente o conceito de práticas sociais, definindoas e as distinguindo dos comportamentos individuais; (VI) Retomar e disponibilizar em língua
portuguesa os textos seminais sobre práticas. Relatamos também três estudos empíricos
(N=208, N=1200 e N=176) sobre a pandemia de Covid-19 e práticas de risco e prevenção em
relação à doença. O primeiro estudo é de questionamento verbal, o segundo observacional e o
terceiro também de questionamento verbal. Procuramos verificar a percepção de risco dos
sujeitos sobre a covid, suas práticas de risco em diferentes contextos e a reflexibilidade dos
sujeitos acerca das práticas que realizam. Como resultados principais dos estudos empíricos
temos: (I) A proximidade em relação ao objeto é um fator que modula o pensamento grupal;
(II) A percepção de risco perpassa tanto pela proximidade quanto pelas situações sociais; (III)
A situação social modula tanto as práticas quanto a reflexibilidade dos sujeitos sobre as
práticas; (IV) Existe divergência entre o que os sujeitos fazem e o que acreditam que fazem. A
discussão conjuga os resultados e conclusões dos estudos teóricos e empíricos aprontando que
esta tese é uma tentativa de passos atrás para solidificar as teorizações da abordagem estrutural
e propor integrações com a abordagem societal. Concluímos que essa solidificação é uma
primeira etapa necessária para começar a dar passos à frente no caminho esquecido das
representações sociais que é o estudo das práticas.

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