Desafios sociais na trajetória de carreira de estudantes universitários brasileiros sob a perspectiva da Psicologia do Trabalhar

Nome: JÚLIA MULINARI PEIXOTO

Data de publicação: 13/03/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO LUIZ DE ANDRADE Presidente
ANA PAULA SALVADOR Examinador Externo
PRISCILLA DE OLIVEIRA MARTINS DA SILVA Examinador Interno
THALINE DA CUNHA MOREIRA Examinador Externo
THIAGO DRUMOND MORAES Examinador Interno

Resumo: Comumente o desenvolvimento de carreira está associado a indivíduos que estão em busca de orientação vocacional, trabalhadores inseridos no mercado ou em busca de recolocação. O público universitário encontra-se postulado na lacuna entre a qualificação e o mercado de trabalho. Em síntese, pode-se dizer que dificulta a busca de ferramentas de reflexão de suas escolhas de carreira. Para entender o público universitário no Brasil, vale a pena retomar aos aspectos atrelados às características sociais, que tiveram uma significativa mudança nas duas últimas décadas com a amplicação de vagas, política de cotas e programas sociais que fomentaram o acesso ao ensino superior de grupos em maior vulnerabilidade social. Dada a diversidade dos estudantes universitários no Brasil, torna-se crucial compreender as expectativas de carreira desse grupo dentro de um país de notáveis disparidades. Para tanto, tem-se a Teoria da Psicologia do Trabalhar. A Teoria é particularmente pertinente por incorporar atributos individuais e sociais associam-se a trajetória de carreira e acesso a um trabalho considerado decente. Pioneiramente, utilizada em países desenvolvidos, sua aplicação tem abrangido cada vez mais países emergentes, apontando a sua adaptabilidade transcultural em contextos socioeconômicos diversos. Esta tese objetivou adaptar as medidas de Volição e Trabalho Decente, advindas do modelo da Psicologia do Trabalhar voltados para universitários e discutir sobre classe social subjetiva nesse grupo. Três atigos são propostos para abarcar tal objetivo. O primeiro traz a adaptação de uma medida de volição para universitários e suas evidências psicométricas. O segundo artigo explora como os universitários percebem o trabalho decente no futuro, analisando suas expectativas sobre as condições de trabalho e os fatores que influenciam um emprego satisfatório e justo. Como os dois primeiros artigos são, mais especificadamente, psicométricos, nos quais buscaram a adaptação dos construtos para o público universitário, o terceiro artigo objetivou analisar a partir da classe social subjetiva sua relação com importantes construtos na trajetória de carreira. A presente tese não busca apenas promover instrumentos confiáveis sob o viés do modelo da Psicologia do Trabalhar – no qual - tem demonstrado solidez para a área de desenvolvimento profissional, mas objetiva refletir acerca das escolhas de carreira para esse público diverso, ainda que inseridos no mesmo ambiente. Os resultados do artigo 1 indicaram a adaptação da escala de Volição para estudantes universitários com bons resultados a estrutura interna, validade externa e invariância do instrumento. O artigo 2 desenvolveu a adaptação da escala de Trabalho Decente Futuro na versão reduzida, encontrou-se resultados adequados de validade interna, externa e de invariância. O artigo 3, apresentou diferença na média dos grupos classe social subjetiva alta e classe social subjetiva baixa em todas as variáveis estudadas, para além das correlações dos construtos positivos em relação a classe social subjetiva alta para escolhas de carreira e satisfação.

Acesso ao documento

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910