AUTOEFICÁCIA DE MÃES CHEFES DE FAMÍLIAS MONOPARENTAIS

Nome: ROSANE NEVES BRANDÃO

Data de publicação: 22/03/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ABRAHAM BAROUCH GILBERT Presidente
CELIA REGINA RANGEL NASCIMENTO Coorientador
MAYARA DE MOTA MATOS Examinador Externo
SABRINE MANTUAN DOS SANTOS COUTINHO Examinador Interno

Resumo: São diversos os motivos que levam homens e mulheres a assumirem a monoparentalidade, uma condição na qual apenas um dos genitores reside com os filhos no mesmo domicílio. Essa situação pode decorrer de divórcio, viuvez, adoção, escolha pessoal ou abandono. No que diz respeito à monoparentalidade feminina, o número de famílias chefiadas por mulheres praticamente dobrou nas últimas duas décadas. As estatísticas indicam que muitas dessas famílias vivem abaixo da linha da pobreza, evidenciando que a monoparentalidade feminina ainda está associada a diversas vulnerabilidades sociais. Nessas circunstâncias, a mulher muitas vezes se vê sobrecarregada, tendo que conciliar as responsabilidades domésticas, a criação dos filhos e o sustento do lar. Este estudo tem como base a teoria social cognitiva de Bandura e explora o conceito de autoeficácia, definido como a crença do indivíduo em sua própria capacidade de organizar e executar determinadas ações para alcançar um resultado desejado, influenciando sua habilidade de resistir às pressões ambientais sem que isso resulte em disfuncionalidade. Como agentes, os indivíduos podem encarar as ameaças ambientais como oportunidades, selecionando estratégias para lidar com elas. O objetivo deste estudo é investigar a autoeficácia de mães chefes de família monoparentais atendidas nos Centros de Assistência Social (CRAS) do município de Vitória, ES, Brasil. Participaram da pesquisa 30 mulheres responsáveis por famílias monoparentais há mais de um ano, cujos filhos, crianças e/ou adolescentes, vivem em situação de vulnerabilidade social. Para atingir os objetivos propostos, foram conduzidas entrevistas com o auxílio de um roteiro semiestruturado, com o intuito de explorar a experiência dessas mulheres e sua autoeficácia. A análise dos dados das entrevistas foi realizada por meio da Análise de Conteúdo Temático Categorial, utilizando codificação e tratamento de dados. Os resultados indicaram que a autoeficácia das mães chefes de família está relacionada às suas experiências passadas, seu estado emocional, influências comportamentais e opiniões de terceiros. Assim, foi observado que essas mulheres constroem suas percepções de autoeficácia a partir de quatro fontes principais: (1) experiências de domínio, (2) experiências vicárias, (3) persuasões sociais e (4) estados fisiológicos e afetivos. Portanto, este estudo contribui para uma melhor compreensão da autoeficácia das mães chefes de família e pode servir como base para o desenvolvimento de políticas públicas que promovam os direitos das famílias lideradas por mulheres em situação de vulnerabilidade social.

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