FIO A FIO: A QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORAS FAMILIARES DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE APÓS INTERVENÇÃO DE OFICINAS DE CROCHÊ
Nome: KAIZA OLIVA DONADIA CHAGAS
Data de publicação: 27/03/2024
Banca:
Nome |
Papel |
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| CLAUDIA BROETTO ROSSETTI | Orientador |
Resumo: O fazer manual e a produção de peças com as próprias mãos são relatadas na literatura como via de expressão de sentimentos, emoções e como auxílio no enfrentamento de eventos e situações estressoras. Práticas de manualidades com fios, como o crochê e o tricô, têm sido estudadas pelo viés de serem ferramentas promotoras de sensação de bem-estar, do desenvolvimento da criatividade e da autonomia. Usualmente, ao falar sobre o processo de cuidado de um familiar adoecido, nota-se que a qualidade de vida de cuidadores familiares sofre influências do tratamento e da doença: muitas vezes, o cuidador familiar abdica de seus projetos, tem dificuldade de conciliar esse papel com vínculos empregatícios formais, além da rotina de cuidados. Para cuidadores familiares de pacientes que fazem hemodiálise, há grande demanda de disponibilidade do cuidador devido à possibilidade de intercorrências nos dias de tratamento. Neste estudo aplicamos três instrumentos para investigar a qualidade de vida de sete cuidadoras familiares de pacientes em hemodiálise de um hospital da Grande Vitória/ES, a saber: um roteiro de entrevista semiestruturada, oficinas de crochê e o questionário WHOQOL-Bref (aplicado antes e depois das oficinas). Nos resultados encontramos as ambivalências do cuidado: impotência, cansaço, desgaste, mas também amor, gratidão e compaixão ao cuidar de seus familiares. As oficinas de crochê puderam proporcionar a presença de si, da afetividade, de realização e bem-estar para as cuidadoras; o que auxiliou na melhoria da percepção de sua qualidade de vida.
