concepções e Práticas Profissionais em Saúde Mental: Vicissitudes do Campo de Assistência Infanto-juvenil

Nome: CAMILA CARLOS MAIA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/08/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUZIANE ZACCHÉ AVELLAR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELA NOBRE DE ANDRADE Examinador Interno
LUZIANE ZACCHÉ AVELLAR Orientador
MARISTELA DALBELLO DE ARAUJO Examinador Externo

Resumo: O movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil trouxe ganhos relativos à criação de serviços mais descentralizados, distantes do modelo hospitalocêntrico. Entretanto, a implantação de dispositivos voltados exclusivamente ao atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais graves é uma conquista recente, havendo poucos estudos enfocando estes serviços em específico. Nesta pesquisa, tivemos como objetivo investigar como os profissionais que atuam no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSi) do município de Vitória (ES) concebem os processos de saúde e doença dos usuários do serviço em que atuam; e como concebem o serviço e as ações implementadas no mesmo. Entrevistamos 24 profissionais, utilizando como instrumento um roteiro semi-estruturado. Os dados, que coletamos na própria instituição, foram submetidos a uma análise de conteúdo temática. Destacaram-se entre os temas de análise: a explicação de transtornos mentais sob uma ótica pluricausal, incluindo fatores de ordem familiar e social; a menção do transtorno como um fenômeno de caráter relacional, em que as trocas com o outro se encontram prejudicadas, induzindo ao risco social; a abertura a possibilidades de cidadania e reinserção social; a presença do sofrimento psíquico e de oscilações no transtorno; e a importância de se detectar precocemente tais situações. O destaque ao aspecto nosográfico dos transtornos mentais é mencionado em poucas entrevistas. Em relação ao serviço e às práticas, os profissionais destacam: o papel articulador do CAPSi, não obstante as constantes falhas da rede de atenção; a importância da socialização dos usuários; a necessidade de invenção no trabalho; o papel da escuta e da expressão; os desafios da interdisciplinaridade e da intersetorialidade; e a necessidade de inclusão dos familiares no tratamento. De modo geral, as idéias que circulam entre o profissionais da instituição parecem levar em conta as particularidades das crianças e adolescentes atendidos no serviço, com uma inclinação terapêutica aliada às políticas que hoje se configuram para este público.

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