Moralidade e Plágio: Um Estudo com Alunos do Ensino Médio

Nome: MARIANA SANTOLIN ROMANELI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/10/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HELOISA MOULIN DE ALENCAR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIA BROETTO ROSSETTI Examinador Interno
HELOISA MOULIN DE ALENCAR Orientador
LUCIANA SOUZA BORGES HERKENHOFF Examinador Externo

Resumo: Nosso objetivo foi compreender o juízo da representação da ação de plágio de estudantes do segundo e terceiro anos do ensino médio, provenientes de escolas públicas e particulares de Vitória, Espírito Santo. Participaram 40 discentes entre 16 a 18 anos, que frequentavam três escolas públicas e duas privadas da cidade de Vitória-ES, divididos igualmente quanto a sexo e tipo de instituição. Nosso instrumento de pesquisa foi a um roteiro de entrevista semiestruturado, contendo uma história-fictícia que envolveu o comportamento de plágio. As entrevistas foram realizadas individualmente, em consonância com o método clínico piagetiano e, como procedimento de análise dos protocolos, utilizamos a sistematização de categorias proposta por Delval. Avaliamos os juízos dos adolescentes com relação a representação da ação de plágio do personagem da história-fictícia contada, nos seguintes aspectos: se consideravam a ação certa ou errada, se o plagiário deve ou não ser punido e qual (is) a (s) penalidade (s) sugerida (s). Foram solicitadas as justificativas de todos os aspectos anteriormente mencionados. A partir dos dados encontrados, constatamos que a maior parte dos estudantes: 1) considerou que o plágio é uma atitude errada; 2) justificou ser errado, principalmente pela negligência do aluno no cumprimento do trabalho, pela possibilidade de consequência negativa e pela ação ser incorreta; 3) afirmou que o personagem deve ser punido; 4) analisou, como castigo para este ato, fazer um novo trabalho, uma conversa e receber nota zero no trabalho plagiado e, por fim, 5) justificou as sanções sugeridas em virtude da oportunidade de aprendizado e/ou reflexão do aluno com a punição da adequabilidade da punição e da possibilidade de consequência negativa para o aluno. Por outro lado, as razões dos poucos escolares que consideravam que o personagem da história não deve ser penalizado foram a favor da ausência de especificação e/ou proibição pelo docente e por causa do plágio ser um fato rotineiro. De maneira geral, os dados de nossa pesquisa mostram que os participantes sabem que é errado plagiar, reconhecem que não se deve fazer este ato e a maioria dos estudantes penalizou a conduta investigada. Esse trabalho pode contribuir para a ampliação dos estudos na área da moralidade e colaborar com subsídios teóricos para a elaboração de projetos de educação em valores morais que contemplem, de uma forma geral, o enfrentamento da desonestidade acadêmica e, especificamente, o plágio. Consideramos que a inserção desse conteúdo nas propostas de educação em valores morais contemporâneas poderá enriquecer a formação moral dos estudantes. Assim, esperamos, a partir dos resultados encontrados na presente pesquisa, subsidiar e promover a realização de outros estudos e propiciar discussões e ações sobre o referido tema, principalmente na Psicologia e na Educação.

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