Relacionamentos Interpessoais de Brasileiros Expatriados: Experiencias de Estudantes, Estagiários e Trabalhadores

Nome: FABIO NOGUEIRA PEREIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 10/12/2015
Orientador:

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AGNALDO GARCIA Orientador

Banca:

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AGNALDO GARCIA Orientador

Resumo: A presente pesquisa se baseou em três estudos que investigaram os relacionamentos interpessoais de imigrantes brasileiros nos Estados Unidos, Canadá e Irlanda durante o período de residência no exterior. Estudos de casos múltiplos abordaram a) as configurações, b) a composição, e c) as funcionalidades das redes de relacionamento durante o período de imigração. Utilizamos amostragem teórica e prospecção de participantes em modelo bola de neve para os três estudos, e a coleta das narrativas episódicas foi realizada em entrevistas online, que, após serem transcritas, foram submetidas a análise temática. O primeiro estudo investigou as configurações e as funções da rede de relacionamento antes, durante e depois do período de intercâmbio acadêmico de alunos de graduação e pós-graduação e as repercussões das experiências vividas para a adaptação no exterior e o desenvolvimento acadêmico. Os dados possibilitaram descrever a abrangência das redes sociais, sua dinâmica e profundidade, assim como a repercussão dos relacionamentos na experiência no exterior. Implicações para o desenvolvimento de programas de intercâmbio e preparação de estudantes são discutidas a partir dos dados. O segundo estudo aborda uma amostra de estagiários brasileiros que trabalharam nos EUA. Os relacionamentos interpessoais se mostraram importantes antes e durante o programa de estágio, seja no planejamento prévio, na adaptação ou no desenvolvimento de tarefas no trabalho. Os relatos sugeriram que o desenvolvimento dos novos relacionamentos ocorreu de maneira distinta do frequentemente descrito na literatura, indicando um padrão mais próximo do de imigrantes permanentes e não do adotado por imigrantes temporários. O terceiro estudo abarcou uma amostra de brasileiros expatriados nos EUA, Canadá e Irlanda. Não houveram relatos negativos sobre o contato com a população local ou em relação ao ambiente de trabalho. Encontramos uma diminuição do contato com familiares e amigos no Brasil, assim como aumento no investimento para a criação de uma nova rede de relacionamentos no exterior. Os relacionamentos citados se revelaram como fonte de apoio emocional e instrumental para os trabalhadores expatriados. A estratégia adotada para interagir coma comunidade local variou entre os entrevistados, mas foi predominante nas narrativas o estabelecimento de rede de relacionamentos fora da comunidade de conterrâneos e do ambiente de trabalho.

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