Representações de si e projetos de vida de adolescentes com indícios de altas habilidades/superdotação: um estudo nas perspectivas da moral e da ética.

Nome: ANDRÉIA MANSK BOONE SALLES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 20/12/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HELOISA MOULIN DE ALENCAR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ARIADNE DETTMANN ALVES Examinador Externo
CLAUDIA BROETTO ROSSETTI Examinador Interno
KELY MARIA DE SOUSA PEREIRA Examinador Interno
LUCIANA SOUZA BORGES HERKENHOFF Examinador Externo
SÁVIO SILVEIRA DE QUEIROZ Examinador Interno

Resumo: Salles, A. M. B. (2017). Representações de si e projetos de vida de adolescentes com indícios de altas habilidades/superdotação: Um estudo nas perspectivas da moral e da ética. Tese de Doutorado não publicada. Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo. 180p.

RESUMO
Em uma perspectiva moral e ética, tivemos como objetivo investigar as representações de si positivas, por meio do sentimento de admiração de si, e os projetos de vida de adolescentes com indícios de altas habilidades/superdotação, bem como a possível relação entre tais representações e projetos listados pelos superdotados. Para tanto, entrevistamos individualmente 40 adolescentes com indícios de altas habilidades/superdotação, mediante um roteiro semiestruturado e com base no método clínico piagetiano. Os jovens tinham entre 14 e 18 anos e foram divididos igualmente quanto ao sexo e ao tipo de superdotação (escolar ou criativo-produtiva). Os dados coletados foram apresentados e discutidos por meio de três artigos científicos. Os resultados referentes às representações de si (exibidos no Estudo 1 – Artigo 1) revelaram que os participantes admiravam em si, principalmente, seus ‘traços de caráter convencionais’, suas ‘habilidades interpessoais’, suas ‘habilidades acadêmicas’ e suas virtudes morais (‘dimensão moral’). As justificativas possuíam, com proporção similar, tanto elementos relacionados com o autorrespeito, os valores morais e a coexistência com o outro em sociedade de instituições justas, quanto conteúdos associados à autoestima e ao individualismo. Quanto aos dados concernentes aos projetos de vida (apresentados no Estudo 2 – Artigo 2) estes apontaram que todos os entrevistados estabeleceram projetos de vida, sendo os principais do tipo ‘formação acadêmica’, ‘atividade profissional’ e ‘relacionamento afetivo’. Os motivos para as projeções eram, em sua maioria, individualistas, relacionados aos interesses pessoais, sucessos financeiro, profissional e afetivo. Na investigação sobre a relação entre as admirações e projeções de si (discorrida no Estudo 3 – Artigo 3), os dados indicaram a relação positiva entre as representações de si e os projetos de vida dos participantes. As explanações apresentaram, com proporção similar, tanto conteúdos desvinculados da moral e da ética quanto os associados ao autorrespeito, à reciprocidade e à boa convivência coletiva. Concluímos que os participantes possuem potencialidade de construção de personalidades éticas nas investigações que abordaram as representações de si e a relação entre esta e os projetos de vida, mas o estudo sobre as projeções de si revelou uma abordagem mais individualista na maioria dos argumentos dos jovens, portanto não coerente com a moral e a ética. Por isso, sugerimos intervenções que trabalhem conjuntamente as representações de si positivas e os projetos de vida dos jovens, pois as primeiras parecem contribuir para que os projetos de vida possam ser pensados nas perspectivas da moral e da ética. Por fim, esperamos que nosso estudo coopere com a construção de uma sociedade pautada pela moral e pela ética.

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