Otimismo, Coping e Ganho Percebido em Cuidadores de Crianças com Câncer

Nome: LARISSA BESSERT PAGUNG
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 12/08/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALESSANDRA BRUNORO MOTTA LOSS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALESSANDRA BRUNORO MOTTA LOSS Orientador
CHRISTYNE GOMES TOLEDO DE OLIVEIRA Suplente Externo
CLAUDIA PATROCINIO PEDROZA CANAL Examinador Interno
FABIANA PINHEIRO RAMOS Examinador Interno
KELY MARIA DE SOUSA PEREIRA Suplente Interno

Resumo: Pagung, Larissa Bessert (Julho, 2016). Otimismo, coping e ganho percebido em cuidadores de crianças com câncer (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, ES. 124 pp.
O câncer infantil é considerado um estressor potencial não apenas para a criança, mas também para seus familiares. Para lidar com a doença do filho, pais e/ou cuidadores precisam empregar estratégias de coping que protejam o ajustamento familiar. Nesse contexto, atributos pessoais positivos, como o otimismo, podem contribuir para um coping mais adaptativo, de modo que seja possível perceber ganho na adversidade. Com o objetivo de analisar as relações entre otimismo, coping e ganho percebido em cuidadores de crianças com câncer, participaram 60 cuidadores principais que estavam acompanhando seus filhos em tratamento, em um hospital de referência da Grande Vitória, ES. Após o consentimento para participação na pesquisa, os participantes responderam os instrumentos sobre: otimismo (Teste de Orientação da Vida - TOV-R); coping (Escala de Coping); e ganho percebido (Inventário de Desenvolvimento Pós-Traumático). Variáveis sociodemográficas e clínicas, medidas por meio do Questionário sociodemográfico e do Protocolo de registro das características clínicas da criança, também foram obtidas. Os dados referentes aos instrumentos padronizados obedeceram aos critérios normativos estabelecidos e foram submetidos à análise estatística descritiva e à análise estatística inferencial para verificar a relação entre variáveis. Em relação ao otimismo, verificou-se que a maior parte dos cuidadores referiu uma percepção otimista da vida. A análise do coping mostrou que categorias de coping de alta ordem adaptativas obtiveram a maior média quando comparadas com categorias mal adaptativas, com destaque para resolução de problemas. Verificou-se que na adversidade de ter um filho com câncer, os cuidadores referiram ganho percebido, especialmente, no domínio do desenvolvimento espiritual. Foram encontradas relações entre: otimismo e coping (cuidadores mais otimistas referiram menos submissão e menos estratégias das categorias de coping de alta ordem mal adaptativas); otimismo e ganho percebido (cuidadores com uma orientação otimista de vida perceberam mais recursos e competências pessoais); coping e ganho percebido (cuidadores que referiram mais busca de suporte e menos autoconfiança, desamparo e estratégias não adaptativas, perceberam maior fortalecimento das relações interpessoais; e cuidadores que se perceberam mais competentes, referiram menos autoconfiança, mas maior desenvolvimento espiritual). Variáveis clínicas da criança e estado civil dos cuidadores também se relacionaram com otimismo, coping e ganho percebido: cuidadores casados perceberam maior ganho, especialmente, no fortalecimento das relações interpessoais; cuidadores de crianças com tumores sólidos referiram mais resolução de problemas e negociação; cuidadores de crianças com diagnóstico de linfoma referiram mais delegação e oposição; cuidadores de crianças fora de quimioterapia referiram mais competência, delegação, e maior ganho percebido; e cuidadores cujos filhos tinham mais tempo de tratamento, se mostraram mais otimistas e referiram menos tristeza, mais competência para lidar com o estressor, mais vontade de estar longe do mesmo e maior ganho percebido. Intervenções com cuidadores de crianças com câncer devem ser pensadas de forma a favorecer um coping adaptativo, valorizando características individuais que possam auxiliar este processo, de modo a permitir uma ressignificação da experiência de ter um filho com câncer e o crescimento em meio à adversidade.

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