Discriminação nômade: representações sociais dos ciganos no Brasil, Itália, Portugal e Espanha

Resumo: Dados históricos revelam que a perseguição a grupos ciganos tem sido registrada ao longo dos últimos séculos, chegando a se configurar como política oficial de extermínio na Europa do século XVI. Na atualidade, em diferentes contextos e nacionalidades, como Brasil, Itália, Portugal e Espanha, inúmeros episódios de banimento e práticas discriminatórias contra integrantes dessa etnia têm sido verificados, fortalecendo as relações de conflito entre os universos cigano e não cigano. Em consonância com essa realidade, de acordo com a literatura internacional, no imaginário social contemporâneo o povo cigano tem sido representado com elementos estereotipados, cujos significados têm favorecido a difusão de sua imagem como ladrões, amaldiçoados, sujos e traiçoeiros. Conhecer a dinâmica constitutiva de tal campo representacional apresenta-se como importante questão a ser explorada para fins de promoção de políticas públicas e programas de intervenção. Tendo como aporte a Teoria das Representações Sociais, a presente proposição apoia-se no objetivo de investigar as representações sociais de ‘ciganos’ nas imprensas brasileira, italiana, portuguesa e espanhola. A partir da análise de jornais amplamente difundidos nos territórios de referência, serão analisadas reportagens recentes que abordem a temática dos ciganos, publicadas entre fevereiro de 2017 e julho de 2018. A seleção das reportagens terá como indexadores as palavras: cigano/a, ciganos/as e nômade/s, e rom, sinti e calon. Para tratamento dos dados obtidos, serão utilizados os recursos do programa T-Lab. Espera-se que os resultados gerados possam contribuir para ampliar o corpo de conhecimento produzido acerca da cultura cigana e fomentar o desenvolvimento de políticas públicas focalizando as demandas dessa população, bem como auxiliar na desmistificação dos estereótipos negativos largamente difundidos no pensamento social hegemônico, núcleo de preconceito e de discriminação social contra essa etnia.

Data de início: 01/06/2017
Prazo (meses): 36

Participantes:

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Coordenador MARIANA BONOMO
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