Existências relâmpagos: medicalização em tempo integral
Nome: LORENA DIAS DE ABREU
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/07/2016
Orientador:
Nome | Papel |
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ANA PAULA FIGUEIREDO LOUZADA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANA PAULA FIGUEIREDO LOUZADA | Orientador |
CRISTIANA MARA BONALDI | Examinador Interno |
KATIA FARIA DE AGUIAR | Examinador Externo |
Resumo: Este trabalho versa sobre práticas de medicalização das crianças no espaço escolar. Propomos um modo de pesquisa que visa a escuta e a sensibilidade por meio da utilização de diários de campo e da montagem de narrativas com meninos e meninas, de forma a evidenciar nossas experiências de campo que compõem acontecimentos acerca da temática, dando visibilidade as práticas de patologização e medicamentalização dos comportamentos infantis. Para tal, algumas práticas no campo escolar foram realçadas, mais especificamente da Educação em Tempo Integral, suas nuances e sua relação com a normalização das crianças. Aproximamo-nos da constituição histórica da expansão do saber-poder médico e, consequentemente, da captura do campo da infância. Pelas histórias vividas, fomos conduzidos aos processos de medicamentalização como forma de apaziguamento das diferenças. Com a cultura do consumo e suas novas tecnologias, o uso de medicamentos se tornou popular e comum, amparado no fortalecimento e na expansão da indústria farmacêutica, um dos ramos mais rentáveis e em expansão no mundo. No campo da educação seria impossível passar ileso ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e sua respectiva medicação, a Ritalina, esta dupla nos impulsionaram no pensamento da construção de uma doença e na popularização de um diagnóstico, com intuito de propagação midiática de um medicamento.