O Que As Crianças nos Ensinam em Suas Andanças Errantes Pelas Ruas da Cidade e Pelos Centros de Referência Especializados da Assistência Social
Nome: FRANCIELY DA COSTA GUARNIER
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/10/2016
Orientador:
Nome | Papel |
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GILEAD MARCHEZI TAVARES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANA LUCIA COELHO HECKERT | Examinador Interno |
DANICHI HAUSEN MIZOGUCHI | Examinador Externo |
GILEAD MARCHEZI TAVARES | Orientador |
Resumo: Pretendemos compartilhar nesta dissertação experiências vividas com crianças, considerando a história das políticas públicas com as quais operamos em nossa prática profissional e os saberes que orientam nosso fazer. A proposta foi guiada pela construção, junto com os meninos e meninas em atendimento em Centro de Referência Especializado da Assistência Social de Vitória/ES (CREAS), de um dispositivo de pesquisa que desse visibilidade à memória das crianças em situação de rua, buscando a variante de experiências vividas por atores sociais que a história tradicional deixou à margem. Nesse sentido, ousamos narrar encontros com profissionais da assistência social que diziam sobre a redução do número de crianças e jovens em situação de rua acompanhados pelos CREAS; com dois jovens que apresentaram suas trajetórias pelas ruas, pela cidade, suas vivências cotidianas, a relação construída com os equipamentos da assistência social, com as oficinas, com o outro que atravessa suas experiências, conosco, que estivemos com eles buscando novas entradas e novas elaborações de suas vivências; a ativação da memória dos encontros tecidos no Centro de Atendimento Dia Criança e Adolescente, o encontro e reencontro com Joana; com o próprio processo de pesquisar; com os autores que lemos; com o grupo de pesquisadores do qual fazermos parte; com as ruas da cidade por onde andamos a procura dos meninos e meninas etc. Ao construirmos narrativas, a partir do que nos propõe Walter Benjamin, percebemos a invenção de um mundo novo que não cessa com a modernidade e suas barbáries. O movimento de diferenciação imanente à vida não cessa e, ao sermos lançados à pobreza de experiência que diz de um começar do zero, somos convocados a inventar novos arranjos, novos vínculos, novas redes, ou seja, novos modos de acolhimento da alteridade. É nesse sentido que reafirmamos uma aposta no acolhimento, talvez não mais ancorado na tradição, mas sim nos afetos que nos constituem a partir do encontro com o outro.
Palavras-chave: Criança em situação de rua; Assistência Social; Narrativas, Experiência.