A participação de crianças e familiares no cuidado em saúde mental: um grupo GAM no CAPsi de Vitória-ES
Nome: LUANA GAIGHER GONÇALVES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/08/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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JANAÍNA MARIANO CÉSAR | Orientador |
LUCIANA VIEIRA CALIMAN | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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EDUARDO HENRIQUE PASSOS PEREIRA | Examinador Externo |
GILEAD MARCHEZI TAVARES | Examinador Interno |
JANAÍNA MARIANO CÉSAR | Orientador |
LUCIANA VIEIRA CALIMAN | Orientador |
Resumo: RESUMO
Como as crianças podem participar do cuidado em saúde mental? Como aquelas que
historicamente não são vistas como sendo responsáveis e tendo condições de responderem por
si podem ter direito a participar, opinar, se expressar? Este trabalho parte de uma pesquisa
situada no campo da Saúde Mental Infanto-juvenil que visa problematizar a baixa
participação de crianças e seus familiares nos tratamentos, principalmente no que tange à
gestão da medicação. Apesar dos avanços obtidos no processo da Reforma Psiquiátrica
brasileira e das mudanças significativas em relação aos modelos de atenção e gestão nas
práticas de saúde, a questão da medicação é ainda um ponto nevrálgico nesse processo. As
experiências vividas pelos usuários de saúde mental e seus familiares raramente são
consideradas como parte do saber em relação ao tratamento. E quando esses usuários tratamse de crianças, essa problemática se torna ainda mais complexa e desafiadora. Além dos
engessamentos e barreiras impostas pela produção do diagnóstico de transtorno mental, essas
crianças também são marcadas por uma certa construção histórica de imagens da infância, as
quais, por um lado, possibilitaram a proteção das crianças, mas, por outro, acabaram gerando
impossibilidades e limites à participação infantil em seus processos de cuidado. A partir da
proposição de um Grupo de Intervenção com familiares no Centro de Atenção Psicossocial
Infanto-juvenil (CAPSi), baseado na Estratégia da Gestão Autônoma da Medicação (GAM)
esta pesquisa teve como direção de trabalho a deterioração de algumas imagens cristalizadas
da infância, apostando, então, na construção de outras relações com as crianças, de outros
modos de pensar e de estar com elas, tendo como investimento ético-político o exercício da
participação.
Palavras-chaves: Participação, estratégia GAM, Infância, Saúde Mental, Autonomia.