Como conchas à beira-mar: fragmentos de vida.
Nome: KAMILA VILELA DE SOUZA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/02/2019
Banca:
Nome | Papel |
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ANA PAULA FIGUEIREDO LOUZADA | Examinador Interno |
LEILA APARECIDA DOMINGUES MACHADO | Orientador |
LUCIANO BEDIN DA COSTA | Examinador Externo |
Resumo: Andamos pela cidade, tomamos um café na varanda, conhecemos vidas que a sociedade
tentou apagar. Vidas marcadas por internações manicomiais e que foram durante muitos anos
caladas. Durante encontros semanais em uma casa na cidade de Cariacica ES, conversamos
com alguns senhores e em alguns momentos escutamos histórias de vida, geralmente
narrativas fragmentadas feitas de vestígios e, nesse trabalho, contamo-las: são nossas conchas.
Amadoramente fotografamos pedaços, restos e expressões. Como carta náutica, marcamos
pontos breves na história mostrando em que momento a medicina tenta se apropriar da
loucura, e esta passa a ser considerada doença mental. Compomo-nos junto, nos misturamos e
sentimos. Aqui são apresentadas poucas palavras que narram vidas, que narram histórias, que
narram o cotidiano. Habitamos essa casa, mas também caminhamos, pois entendemos a
cidade como lugar de potência, de criação e de desconstrução somos andarilhos da beira da
praia. Sim, a praia, mais precisamente a água nos acompanhará nesse percurso. As ondas nos
guiam, o mar nos fortalece, a areia nos tira do conforto.
Palavras-chave: Loucura. Narrativa. Cidade. Clínica