Processos de subjetivação, corpos negros e cabelos crespos: estudantes negras em aliança

Nome: POLIANE DOS PASSOS ALMEIDA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/03/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DAVIS MOREIRA ALVIM Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO RODRIGUES Examinador Interno
DAVIS MOREIRA ALVIM Orientador
RENATO NOGUEIRA DOS SANTOS JUNIOR Examinador Externo

Resumo: Esta pesquisa apresenta experimentações de uma psicóloga escolar em encontros com estudantes que participaram de coletivos estudantis no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), campus Linhares. A intenção da pesquisa foi entender de que maneira as questões das lutas estudantis engendram produção subjetiva; compreender como os estudantes resistem à produção de um corpo escolarizado e como atuam produzindo outras formas de estarem juntos e inventarem outros modos de existir na escola; e, ainda, problematizar como as questões de gênero e raça perpassam a constituição da subjetividade de estudantes e a produção da escola. Para isso, construímos encontros com estudantes do IFES, campus Linhares, e escritas em diários de bordo. Assim, o texto é permeado por fragmentos de narrativas das histórias de lutas, afetos e relações com os corpos, e essas narrativas vão se costurando com referências teóricas, músicas, poemas e imagens. Nesse processo, foi possível perceber que as políticas de aliança aconteceram em torno de reivindicações para que os corpos pudessem circular na escola. Essas lutas aconteceram com os próprios corpos, que entraram em ação como os meios e os fins da política. Os estudantes criaram outras formas de habitar a escola juntos, e onde havia silêncio em torno de práticas racistas e sexistas eles passaram a ocupar com suas vozes, letras e corpos. Por fim, a pesquisa apresenta problematizações em torno da noção de raça, e como está se engendra no Brasil, passando pela questão da mestiçagem, por algumas histórias do movimento abolicionista e do movimento de luta contra o racismo; propondo pensar na potência que o pardo, como um entrelugar, carrega em meio às classificações binárias. A pesquisa assinala algumas considerações sobre racismo na escola, apontando que a instituição escolar, quando funciona a partir da lógica classificatória, meritocrática e excludente, opera uma necropolítica escolar.
Palavras-chave: Processos de subjetivação. Lutas estudantis. Políticas de aliança. Racismo na escola. Necropolítica escolar.

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