Formação e trabalho no SUS: uma experiência de apoio institucional na cidade de Serra/ES
Nome: JADDH YASMIN MALTA CARDOSO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/03/2019
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
LUZIMAR DOS SANTOS LUCIANO | Examinador Externo |
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS | Orientador |
RAFAEL DA SILVEIRA GOMES | Coorientador |
UEBERSON RIBEIRO ALMEIDA | Examinador Interno |
Resumo: O Sistema Único de Saúde (SUS), instituído pela Constituição Federal do Brasil de
1988, já completou três décadas. São muitos os desafios que se apresentam na
afirmação de sua dimensão de política pública e, principalmente, do modus operandi
dos processos de trabalho. Fortalecer o SUS implica afirmar seus princípios:
universalidade, equidade e integralidade. Essa é uma diretriz desta dissertação
isto é, desta análise de uma pesquisa-intervenção desenvolvida a partir do
Programa de Extensão Apoio Institucional a Políticas Públicas de Saúde na Grande
Vitória/ES, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que propõe a criação
de dispositivos para análise coletiva do trabalho. Nessa direção, foi construído por
trabalhadores do SUS em Serra/ES, com o apoio da universidade, um dispositivo
para implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde
(PNEPS), o Fórum de Educação Permanente na Roda. Nos encontros mensais do
Fórum, os debates eram tecidos entre trabalhadores da saúde (psicólogos,
dentistas, enfermeiros, médicos, sanitaristas, assistente social, gerentes de unidade)
e os pesquisadores da UFES. O Fórum se caracterizava como um Grupo de
Encontros sobre o Trabalho (GRT) em que se problematizava o trabalho que se faz
e se produziam novos modos de trabalhar. A metodologia desta pesquisaintervenção se deu por meio da participação em 15 das reuniões ocorridas nos anos
de 2015 e 2016, pela análise documental do diário de campo, atas dos encontros,
projeto e programações produzidos no Fórum e pela realização de duas entrevistas
com profissionais participantes. A análise dos dados se fez por meio da referência
epistemológica da ergologia, sobretudo no que diz respeito aos conceitos de
trabalho, atividade, formação e GRT. Com isso, é possível afirmar a emergência da
construção de processos formativos em aderência com as situações de trabalho
com vistas à produção de conhecimentos pertinentes às necessidades dos serviços.
Para isso, são necessárias a inclusão dos trabalhadores no debate e a criação de
práticas cogestivas, mais lateralizadas e menos autoritárias nos serviços de saúde.
Palavras-chave: trabalho; formação; SUS; apoio institucional; ergologiaPalavras-chave: Trabalho, Formação, SUS, Apoio Institucional, Ergologia