ENCONTROS COM UM BRASIL AFRO-PINDORÂMICO:
PROCESSO FORMATIVO DE PESQUISA CONTRA COLONIAL EM
TERRAS INDÍGENAS NO ESPÍRITO SANTO

Nome: AIDA BRANDÃO LEAL
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/04/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JANAÍNA MARIANO CÉSAR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANA AMARAL FERREIRA Suplente Externo
FABIO HEBERT DA SILVA Coorientador
JANAÍNA MARIANO CÉSAR Orientador
JOHNNY MENEZES ALVAREZ Examinador Externo
RAFAEL DA SILVEIRA GOMES Examinador Interno

Resumo: Este trabalho de dissertação é fruto de estudo realizado no âmbito da pesquisa “Saberes
Tradicionais Indígenas e Produção de Subjetividade: Memória e Políticas de Saúde”,
financiada pela CAPES, que envolveu trabalho de pesquisa nas aldeias indígenas do Espírito
Santo, com maior ênfase entre o povo Tupinikim. A partir desse campo, a presente pesquisa
versou com problematizações em torno das práticas colonialistas que atravessam os processos
de produção de conhecimento, com busca de afirmatividades de outras bases epistêmicas
direcionadas ao fortalecimento dos povos indígenas e alinhadas ao seu pensamento. Assim, esse
trabalho se constituiu como processo formativo de pesquisa numa visada contra colonizadora,
nutrido por encontros com os povos indígenas e literaturas de autores indígenas, com a
finalidade de fomentar maior aproximação e sintonização com as epistemologias que formam
os saberes e os modos de vida dos povos tradicionais. No caminhar da pesquisa, deparamo-nos
com memórias e com a história do Espírito Santo que sinalizam para seu processo de formação
social e histórico constituído pelos povos indígenas, sendo, no entanto, memórias e histórias
invisibilizadas e menorizadas no âmbito da própria história e memória do estado e das políticas
públicas construídas em seu território. Desse modo, se propõe nessa pesquisa o cultivo das
memórias que se forjam entre os povos indígenas, sustentadas pelo vínculo de pertencimento à
terra, geradoras de relações de interação, interdependência, coexistência entre os seres humanos
e não humanos. A partir dessas relações, os processos de transmissão dos saberes tradicionais
se realizam na inseparabilidade entre natureza e produção cultural. Pesquisar entre os povos
indígenas numa perspectiva contra colonizadora sinaliza também para o desafio de habitar
territórios de fronteiras entre distintas lógicas de vida e conhecimento, que por isso, demanda
abertura ao diálogo e um ethos transespecífico.
Palavras-chave: povos indígenas; Tupinikim; processo formativo; epistemologia; contra
colonização.

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