Conversas entre deficiência e educação: por uma política da interdependência nos cotidianos escolares.
Nome: GABRIELA VIEIRA DE ABREU
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/04/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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JANAÍNA MARIANO CÉSAR | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CAMILA ARAÚJO ALVES | Examinador Externo |
JANAÍNA MARIANO CÉSAR | Orientador |
MARCIA OLIVEIRA MORAES | Examinador Externo |
MARCIA ROXANA CRUCES CUEVAS | Examinador Interno |
Resumo: Este trabalho tem como objetivo problematizar a relação entre deficiência e educação, a partir
dos processos de construção de uma educação inclusiva. A pesquisa parte de experiências de
trabalho vivenciadas em cotidianos educacionais, a ver: uma prática de trabalho de mediação
em escolas regulares do município de Niterói/RJ bem como, através da Formação Continuada
de Professores da Educação Especial do Ensino de Jovens e Adultos/EJA, no município de
Vitória/ES. Na pesquisa o cotidiano emerge como o disparador de análises sobre como vem se
constituindo os processos inclusivos, bem como seus efeitos na vida de estudantes e professores
e da própria escola. Na construção do trabalho utilizamos a metodologia dos diários de pesquisa
como articula a Análise Institucional Francesa. Analisamos que com o acesso de estudantes
deficientes às escolas regulares, as práticas educacionais são tensionadas. Percorrendo-as,
primeiramente compreendemos que separar estudantes deficientes dos estudantes não
deficientes, cada um em suas escolas específicas, é uma prática de discriminação; em sua forma
mais radical. Em seguida, analisando os desdobramentos inclusivos no dia-a-dia escolar,
dimensionamos que há distintos modos de saberfazer inclusão. Muitos desses modos ainda
guardam relação com perspectivas discriminatórias em relação à deficiência, almejando manter
um formato de escola normalizador. Como nos aliançar com outras práticas? Como cultivar
práticas que escapem aos processos discriminatórios? Como interlocutores, que atravessam
todo o processo de pesquisa, destacamos os Estudos da Deficiência, buscando observar a
diretriz ética do lema nada sobre nós, sem nós, por eles instaurada e nevrálgica para as
práticas de trabalho e de pesquisa. O que indica que qualquer fazersaber que gire em torno da
deficiência, precisa ser tecido em parceria com pessoas deficientes. Por fim, esta pesquisa
aponta para o exercício ético-político que envolve o cultivo da interdependência. Para isso,
discutiremos com táticas de trabalho que consideramos importante para acessar a nossa
condição interdependente. São elas o exercício do cuidado, preservando a dimensão da
autonomia, e da conversa preservando a dimensão do desconhecimento, como modos de acesso
e afirmação da alteridade, na acolhida da infinita diversidade do mundo.
Palavras Chaves: Deficiência. Educação. Práticas de trabalho. Interdep