DESTERRITORIALIZAÇÕES DO/NO TRABALHO:
UMA NARRATIVA DE UMA TRABALHADORA EM DEVIR
Nome: ABIGAIL MARINHO DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/06/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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GILEAD MARCHEZI TAVARES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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FERNANDA SPANIER AMADOR | Examinador Externo |
GILEAD MARCHEZI TAVARES | Coorientador |
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS | Examinador Interno |
RAFAEL DA SILVEIRA GOMES | Orientador |
Resumo: Partindo da ideia grega de que a ética é exercício de pensamento, ela seria um processo
de pensar e refletir, e não uma mera reprodução e aplicação de regras e de soluções
previamente concebidas. Contrapõe-se, assim, a ideia de uma moral universal, e se
permite conceber uma coletividade a partir do compartilhamento de experiências
diversas. Com a intenção de produzir um texto que acessasse as experiências, lançou-se
mão da narratividade como ferramenta para exercitar o pensamento e fazer emergir o bom
e o mau das práticas, dos encontros, das relações vivenciadas. A fim de realizar uma
pesquisa produzida COM e não SOBRE, a narrativa emerge como dispositivo de
produção coletiva do conhecimento, contando a história de experiências do trabalho, pois
entende-se que o trabalho é um exercício ético; tão ético quanto a própria liberdade.
Entendendo que trabalhar significa tomar decisões, fazer escolhas e confrontar valores
diversos, fazendo do trabalho uma dramática do uso de si, pela dinâmica da narrativa
possível contar nesta dissertação como se trabalha, onde se trabalha, quem trabalha
e
se conta de maneira coletiva através das memórias dos encontros realizados em um CRAS
específico do município de Vitória. Por meio de diário de campo e gravações de áudio,
produzidos, os dados foram colhidos e produziu-se cenas que remontam paisagens de
trabalho com personagens, diálogos e práticas, contando processos de
desterritorializações. Conta-se aqui sobre um devir que irrompe a trabalhar, denominado
de Amália, uma personagem conceitual que funciona como um dispositivo de análise.
Através dela se faz possível contar os desafios do trabalhar, seja o trabalho em forma de
conhecimento técnico na Proteção Social Básica ou em forma de pesquisa. Esse devirAmália é apresentado como estando presente nas linhas de fuga, abrindo desvios para
desautomatizar o trabalho, para os conflitos potentes cheios de debates e trocas, para um
respirar fundo e seguir em frente, trabalhando.
Palavras-chave: Ética; Narrativa; Micropolítica; Ergologia.