SABERES E PRÁTICAS POPULARES: O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO
CUIDADO E NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

Nome: NAYARA RUDECK OLIVEIRA STHEL COCK
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/08/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FABIO HEBERT DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIO HEBERT DA SILVA Orientador
GUSTAVO NUNES DE OLIVEIRA Examinador Externo
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS Examinador Interno

Resumo: A inserção de plantas medicinais na Atenção Primária à Saúde (APS) parte de apostas éticopolíticas que fundamentam o cuidado compartilhado, o fomento de rede, o desenvolvimento
social e a valorização dos saberes populares. A inclusão dessas práticas como estratégia de
promoção de saúde fomenta a melhoria da qualidade da atenção à saúde e possibilita o
incremento de diferentes abordagens. Isso fortalece, ainda, o princípio da integralidade do
cuidado e amplia opções terapêuticas aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O
objetivo principal foi fomentar a interlocução entre trabalhadores de saúde, gestores e usuários
sobre o uso de plantas medicinais na APS. Essa pesquisa-intervenção, de caráter qualitativodescritivo, buscou mapear experiências desenvolvidas no município de Divino de São
Lourenço/ES, distrito de Patrimônio da Penha, em relação ao uso de plantas medicinais e sua
articulação com o SUS, na APS. Como ferramentas metodológicas, utilizamos: registro em
diário de campo, realização de entrevistas com roteiros semiestruturados e roda de conversa.
Foram entrevistados profissionais da Estratégia da Saúde da Família (n=15), usuários (n=10) e
conhecedores locais de plantas medicinais (n=05), consentidos por meio do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Essa investigação produziu, principalmente,
dispositivos para análise das práticas e dos processos de formação em saúde. E ficou nítido que,
para superar os desafios no caminho da institucionalização do uso de plantas medicinais no
SUS, é necessário repensar as dinâmicas de formação dos trabalhadores, a temporalidade
instituída e os modos de organizar o trabalho. Ao afirmar as plantas medicinais como
dispositivo de produção de redes, admitem-se outros modos de fazer gestão em saúde e criamse possibilidades para inclusão de práticas dialógicas, solidárias, participativas,
complementares, transdisciplinares e intersetoriais na APS.
Palavras-Chaves: Plantas Medicinais, Atenção Primária à Saúde, Sistema Único de Saúde.

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