CAFÉ CORAJOSO: UMA ANALISE DA ATIVIDADE DE UMA FAMÍLIA PRODUTORA DE CAFÉS ESPECIAIS DA FORQUILHA DO RIO, REGIÃO DO CAPARAÓ
Nome: GABRIEL PIROVANI DIAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/02/2022
Orientador:
Nome |
Papel |
|---|---|
| UEBERSON RIBEIRO ALMEIDA | Orientador |
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| CLAUDIA OSORIO DA SILVA | Examinador Externo |
| JANAINA MADEIRA BRITO | Coorientador |
| RAFAEL DA SILVEIRA GOMES | Examinador Interno |
| UEBERSON RIBEIRO ALMEIDA | Orientador |
Resumo: Este estudo analisou a atividade dos produtores de café arábica especial na região
da Forquilha do Rio, localizada na região do Caparaó e situada na divisa entre os
estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Tem como base conceitual a perspectiva
ergológica proposta por Yves Schwartz e Louis Durrive. Utiliza a Ergologia para
pensar o trabalho como atividade e, a partir disso, analisar as implicações dessa
atividade de produção de cafés especiais. Do ponto de vista metodológico, esta
dissertação desenvolve posturas conceituais e movimentos no campo com base na
démarche ergológica. Utiliza entrevista semiestruturada para aprofundamento em
temáticas e questões que emergiram no acompanhamento da atividade. Foram
elaboradas, ainda, duas nucleações para a formulação das análises: os modos
como o trabalho é organizado no tensionamento ―Macro-Micro‖ da atividade; a
transversalização do território na vida da família e da comunidade; analisa o café
como um produto e a maneira como ele é passível de ser negociado, e os reflexos
disso na vida do Produtor e de sua família. A partir dos valores dimensionados e
sem dimensão, demonstra a maneira com a qual o Produtor se relaciona na dialogia
entre o produto de sua atividade, o café, e os possíveis clientes e compradores.
Avalia os concursos de qualidade de cafés especiais e a maneira com a qual estes
tencionam a criação de infidelidades e paradoxos na vida dos produtores de cafés
especiais. Compreende o território como uma entidade-palco onde acontecem os
encontros das forças da natureza e dos trabalhadores da produção do café especial.
Apresenta a produção de cafés especiais como um ofício familiar, especialmente na
comunidade de Forquilha do Rio. Examina a formação de Entidades Coletivas
Relativamente Pertinentes, como ―troca de serviços‖ e o ―mutirão‖. E, ainda, como a
temporalidade da atividade impacta a construção de um patrimônio coletivo de
saberes na produção dos cafés especiais.
Palavras-chave: Ergologia. Trabalho. Café especial. Agricultura familiar. Forquilha
do Rio. Caparaó
