MULHERES E FEMININO Um diálogo entre Freud e Simone de Beauvoir
Nome: LUIZA HOLMES WESTPHAL AGUIAR DOS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/06/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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ARIANA LUCERO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ARIANA LUCERO | Orientador |
FABIO SANTOS BISPO | Examinador Externo |
LÉA SILVEIRA | Examinador Externo |
VIRGINIA HELENA FERREIRA DA COSTA | Coorientador |
Resumo: Nesta dissertação, perguntar-nos-emos sobre o que significa ser mulher através de uma exploração teórica que coloque em diálogo, principalmente, Simone de Beauvoir e Sigmund Freud, passando pela questão de gênero e dos diversos feminismos. No primeiro capítulo, será exposta uma breve historicização dos movimentos feministas, delimitando a participação e a inserção de Simone de Beauvoir nos mesmos. O diálogo entre Freud e os movimentos feministas também será colocado, bem como algumas
problematizações acerca do Complexo de Édipo feminino à luz de uma leitura crítica beauvoiriana. O segundo capítulo abordará a questão da maternidade e o destino das mulheres, subdividindo a discussão em duas partes. Na primeira, surgirão questões relativas à diferença antômica entre os sexos, considerações sobre o falo e sobre a sentença inicial freudiana de que a anatomia pode vir a ser um destino. Na segunda parte, a maternidade entra em jogo, bem como o estatuto do corpo feminino em relação ao destino da mulher e seu lugar na cultura. No terceiro capítulo, trabalharemos o Mito do Eterno Feminino, conceito de Simone de Beauvoir que fala sobre as diversas identidades que permeiam a relação das mulheres com os homens e com elas mesmas.
O ponto central da crítica de Beauvoir também se fará presente, a saber, sobre a visão da mulher como sendo um Outro e a própria encarnação da alteridade. Há aqui um jogo dialético onde, em um primeiro momento, a mulher é vista como má e, em um segundo momento, como um ser divino que supera esse mal instrínseco a si mesmo. Não deixaremos, todavia, de continuar o diálogo com Freud, utilizando, principalmente, o conceito de duplo e infamiliar, que enriquecem esse debate. Palavras-chave: Feminino; Maternidade; Feminismos; Complexo de Édipo; Segundo Sexo.