VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER: UMA DOMINAÇÃO ESTRUTURADA PELO SIMBÓLICO
Nome: MARIA ANDRESA NAVEGA
Data de publicação: 02/10/2023
Banca:
Nome | Papel |
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ANDRÉA MÁRIS CAMPOS GUERRA | Examinador Externo |
ARIANA LUCERO | Examinador Interno |
FABIO SANTOS BISPO | Presidente |
Resumo: A violência psicológica é entendida como um tipo de violência contra mulheres descrita na lei como ação ou omissão que causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Sem as marcas no corpo físico, ela aparece pelas palavras, pelos gestos, por atos ruidosos ou silenciosos que amedrontam, ameaçam, humilham, diminuem e que, às vezes, é tão frequente que se torna naturaliza, quase um modo de vida. A violência psicológica, por ser menos palpável, é ainda mais invisibilizada e duplica o silêncio das mulheres nessa situação. Sendo uma modalidade de violência muito frequente e ainda pouco estudada.
Neste sentido, esta pesquisa buscou investigar os determinantes simbólicos da violência psicológica contra mulheres. Para tanto, partimos de uma contextualização histórico-jurídica e a articulação com outros campos de saber para demonstrar como a relação heteronormativa se torna violenta, mais precisamente como surge a violência nomeada pela lei brasileira como “psicológica.” Ainda, utilizamos a teoria psicanalítica em Freud e Lacan para explorar a transmissão da virilidade e da dominação masculina para homens e a subalternidade para mulheres, que teve como contribuição a leitura de autoras e autores que pensam gênero e cultura. Por fim, discutimos as possibilidades de saídas do mal-estar da violência para mulheres no laço social e na vida íntima.