PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CUIDADO: O PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR COMO ESTRATÉGIA DE AFIRMAÇÃO DO SUS
Nome: EUZILENE DA SILVA RODRIGUES
Data de publicação: 20/09/2023
Orientador:
Nome | Papel |
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FABIO HEBERT DA SILVA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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FABIO HEBERT DA SILVA | Presidente |
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS | Examinador Interno |
MARIA INÊS BADARÓ MOREIRA | Examinador Externo |
Resumo: Essa pesquisa teve como objetivo cartografar a construção de práticas de
cuidado entre usuárias e trabalhadoras da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no
município de Serra/ES. A aposta é que a elaboração de Projetos Terapêuticos
Singulares (PTS) pode impulsionar um cuidado cultivado nas relações. Partimos de
uma experiência situada, mas que reflete a realidade de muitos outros territórios. O
campo de trabalho em questão tem como base a Política Nacional de Saúde Mental,
de caráter Antimanicomial, que direciona o cuidado em liberdade, no território,
contribuindo para ampliação de autonomia e protagonismo de usuárias no SUS.
Narrativas de trajetos na RAPS compõem a pesquisa, que utiliza como direção a
perspectiva cartográfica, onde a criação ocorre no processo, por meio do vivido, em
meios aos processos de construção de mundos. Fazemos a aposta em movimentos
de criação coletiva de estratégias de cuidado, num movimento de problematização
dos lugares solidificados em que usuárias e a trabalhadoras podem ocupar – as
usuárias comumente são designadas a receberem intervenções e as trabalhadoras
são aquelas que tomam as decisões, numa responsabilização verticalizada pelo
trabalho e pelo saber sobre aquela que, a princípio, cuida. No decorrer da pesquisa,
observamos que a afirmação de práticas antimanicomiais, inerentemente
democráticas, se consolida por meio de uma construção coletiva e cogestiva. Ou
seja, a sustentação de interesses coletivos compõe um sentido ampliado para o
cuidado em saúde mental e contribui para a afirmação da dimensão pública das
políticas públicas de saúde.