O SUPORTE DA FALTA NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ: TEMPOS E SIMBOLIZAÇÕES

Nome: NATHACHY TWANE GOMES DE ARRUDA

Data de publicação: 25/09/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ARIANA LUCERO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ARIANA LUCERO Presidente
FABIO SANTOS BISPO Examinador Interno
KELLY CRISTINA BRANDÃO DA SILVA Examinador Externo

Resumo: Esta pesquisa pretende fazer uma investigação teórica-conceitual sobre o laço mãe-bebê
suportado pelas três modalidades de falta de objeto em Lacan (1956-1957/1995), quais sejam:
Frustração, Privação e Castração. Para isso, sistematizou-se os três movimentos temporais
discorrendo sobre sua incidência para o processo de subjetivação da mãe e do bebê, nos
aproximando, portanto, de tempos e simbolizações imprescindíveis a este laço. Em um
primeiro momento, o termo “suportado” parece remeter a algo do sofrimento, porém, aqui,
será trabalhado na dimensão de suporte, daquilo que pode sustentar o laço mãe-bebê. Partindo
do estudo sobre a falta, o trabalho vai se constituir de uma revisão bibliográfica das obras de
Freud e Lacan, como também de alguns autores brasileiros contemporâneos da Psicanálise.
Assim, apontaremos a importância do agente da função materna transmitir a falta para a
criança, exercendo e encarnando a função simbólica, a partir de um desejo que não é
anônimo, emprestando seu corpo como suporte da organicidade, da palavra e da imagem.
Nesses movimentos, corpo e linguagem se articulam produzindo diferentes maneiras de
apreender o lugar da falta, tanto do lado do bebê quanto do lado da mãe. Por isso, será
necessário abordar também a idealização do filho imaginário e a necessidade de um luto dessa
perda imaginária que se produz no encontro mãe-bebê. A análise dessas perdas e idealizações,
ou seja, desse tempo de ruptura no imaginário materno, que também pode ser lida como baby
blues, nos permitirá, à luz da privação, rever o modo de apresentação das categorias da falta
na teoria lacaniana. Por fim, será a partir de tudo isso que chegaremos ao acalanto infantil
como possibilidade de simbolização da falta, convocando o bebê através do real da voz da
mãe e do simbólico das letras contidas nas cantigas infantis.

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