Do significante à língua (que faz cócegas): o que faz o sujeito falar?

Nome: GABRIELA MORAIS MACHADO

Data de publicação: 26/10/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ARIANA LUCERO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ÂNGELA MARIA RESENDE VORCARO Examinador Externo
ARIANA LUCERO Presidente
FABIO SANTOS BISPO Examinador Interno

Resumo: A partir da questão “o que faz o sujeito falar?”, a dissertação visa discutir o papel da voz e do manhês no processo de aquisição da fala e na constituição subjetiva. Com base em uma leitura de Freud com Lacan, considera-se que o sujeito nasce a partir do encontro com o significante que atravessa e constitui o corpo e, nesse sentido, a aquisição da fala é pensada na articulação entre corpo e linguagem junto às operações lógicas constitutivas do sujeito e do inconsciente. Nessa perspectiva, a voz assume lugar privilegiado como uma das vias para a inserção do bebê na linguagem, onde a fala do agente materno funciona como meio de invocação para o laço e antecipação de um sujeito falante. No primeiro capítulo, investiga-se as incidências da voz na metapsicologia freudiana, articulando a dimensão da fala ao corpo até o limite do que pode ser representado pela palavra. Evidencia-se o papel destes restos intraduzíveis na fundação do aparelho psíquico, articulando a dimensão da voz à diferenciação do Super- Eu. O segundo capítulo aborda a especificidade dada a voz na psicanálise por Jacques Lacan em diálogo com psicanalistas contemporâneos que contribuem para a discussão do tema. Apresenta-se a perspectiva da voz como objeto pulsional, evidenciando seu caráter limítrofe em relação ao significante, articulando voz e língua materna por meio da prosódia do manhês, que aponta para duas vertentes: o recalcamento da dimensão pulsional e sua insistência na forma de um gozo inapreensível, ambos atestando uma relação com um impossível de dizer. O terceiro capítulo discute algumas possíveis incidências deste impossível na dimensão da cultura, onde parece haver uma tensão entre a singularidade do sujeito e a pluralidade de vozes do laço social. Diante disso, a dimensão da voz é articulada a discussões políticas referentes às funções parentais, a infância e a educação.

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