(RE-DES)TERRITORIALIZAÇÃO: UMA ANÁLISE SOBRE OS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE LINHAS DE FUGA E CAPTURA EM UM CONTEXTO DE LUTA POR MORADIA

Nome: VITÓRIA BARBOSA MANCINI

Data de publicação: 27/08/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JANAINA MARIANO CESAR Examinador Interno
LARA BRUM DE CALAIS Presidente
SAULO LUDERS FERNANDES Examinador Externo

Resumo: O presente estudo propôs-se, diante da possibilidade de adentrar no campo dos movimentos
de luta por moradia que disputam a Região Metropolitana da Grande Vitória/ES (RMGV),
analisar os jogos de força que se montam na relação entre sujeitos que afirmam suas
existências a partir da ocupação da terra e alguns modos de operação do Estado. Para tanto,
inicia-se a discussão a partir da concepção de território, buscando compreender os processos
que forjam e movimentam, principalmente, os territórios brasileiros que, desde a invasão
colonial, são objeto de disputa. Em seguida, discute-se o quanto os movimentos de luta por
moradia e de ocupação constituem-se enquanto possíveis produtores de linha(s) de fuga a
modelos hegemônicos e colonizadores de organização dos espaços ao arriscarem desenhar
outros contornos de cidade capazes de incitar processos de desterritorialização. Na medida
em que, a ação de algumas políticas públicas e práticas estatais podem constranger alguns
desses movimentos, enlaçando-os, recapturando-os, impedindo a produção de outras
possibilidades de vida, garantindo, assim, a reprodução da lógica capitalista e neoliberal. Para
a construção dessas análises, o campo das ocupações urbanas e periurbanas da RMGV foi
acessado a partir de movimentos cartográficos de aproximação e acompanhamento de
processos. Recortes dessa experiência são alinhavados a esta pesquisa por meio de cenas que,
em meio a denúncias e anúncios, produzem análises sobre a relação entre os movimentos
sociais e institucionais que disputam o traçado da cidade. Essas cenas e as discussões para as
quais convocam são organizadas em três eixos de análise que abordam: a potência das
afirmações de pertencimento e práticas de compartilhamento anunciadas pelos movimentos
da ocupação; a posição do Estado favorável à defesa absoluta do direito de propriedade; e
algumas práticas estatais que parecem perseguir, constranger e capturar os movimentos que
desafiam os limites instituídos.

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