Práticas de militância nômade: experimentações rebeldes e novas estéticas de luta no contemporâneo"
Nome: FERNANDO PINHEIRO SCHUBERT
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/10/2014
Banca:
Nome | Papel |
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ANA LUCIA COELHO HECKERT | Orientador |
CECÍLIA MARIA BOUÇAS COIMBRA | Examinador Externo |
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS | Examinador Interno |
Resumo: A presente dissertação, realizada no âmbito da experiência de militância deste
pesquisador em três coletivos distintos, Brigada Indígena (2005-2008), Assembléia
Popular (2009) e Fórum Municipal dos Psicólogos da Secretaria de Assistência
Social da Prefeitura de Vitória (2009-2011), se propõem a discutir os modos de
funcionamento e as formas de organização dos movimentos sociais na invenção de
estéticas de luta problematizadoras das redes de poder e resistência instituídas no
contemporâneo. Por meio da narrativa dessas experiências, procura-se evidenciar,
no interior dessas movimentações, a gestação de práticas de militância (pré)
ocupadas não apenas com a concretização de projetos, mas principalmente, com a
experimentação de novos modos de existência avessos à lógica de funcionamento
do aparelho estatal. Vamos, ao longo do texto, mostrar como esses coletivos
caracterizam-se pela insubmissão às condutas regradas de espaços
institucionalizados, exercitando levantes provisórios, anônimos, situados e
descentralizados, instituídos por e instituinte de ecossistemas afetivos-políticossociais
autônomos. As análises aqui empreendidas se fizeram no entrecruzamento
dos aportes teóricos advindos dos trabalhos de Foucault, Lourau, Lapassade,
Deleuze e Guattari, Hakim Bey, Michel Hardt e Toni Negri. Ao final, a pesquisa
sinaliza a possibilidade de pensarmos uma antropologia rebelde, no qual grupos de
afinidade com padrão horizontalizado de funcionamento interpelam relações
hierárquicas e centralizadoras que marcam o modo de funcionamento da máquina
administrativa do Estado e dos próprios movimentos sociais, potencializando
agenciamentos nômades implicados na construção de espaços auto-gestionados.