Abrir a Sede ao Meio" no Deserto das Práticas de Assistência Social a Jovens em Situação de Risco
Nome: RAYANNE SUIM FRANCISCO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/12/2015
Orientador:
Nome | Papel |
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GILEAD MARCHEZI TAVARES | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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GILEAD MARCHEZI TAVARES | Orientador |
LUCIANA VIEIRA CALIMAN | Examinador Interno |
Resumo: Atentos às nossas práticas como psicólogos em um serviço de proteção básica direcionado pela Política Nacional de Assistência Social e que atende crianças e adolescentes ditos em risco e vulnerabilidade social, nosso objetivo com este trabalho foi conhecer movimentos de diferenciação, irrompidos por acontecimentos no presente das atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos executado em uma OSCIP do município de Serra/ES. Como dispositivo metodológico, compusemos, dentro do que propõe a pesquisa-intervenção, um percurso cartográfico que se desenhou de acordo com as experiências do campo. A trajetória da pesquisa foi narrada e registrada em diários de bordo, que nos permitiram forjar análises, bem como forjar outros modos de se construir conhecimento, exercitando uma escrita política que pensa e questiona a realidade que produz. Junto à proposta dos diários, produzimos como dispositivo de intervenção um jornal coletivo em que foram pensados, junto aos jovens, todos os elementos constituintes de um jornal. Nossa aposta se deu na juventude como devir e multiplicidade, e nos campos problemáticos que ela nos coloca cotidianamente. Construímos o risco como virtualidade, imprevisibilidade que produz modos de vida inusitados e que afirma a vida como obra de arte, autêntica, ética, afetiva e inventiva, capaz de deslocar a psicologia de um lugar que conscientiza o outro, que sabe sobre ele, para uma política que produz fissuras aos modelos vigentes e que produz dispositivos de intervenção que provocam confrontos, atritos, estranhos. As temáticas da confiança e da amizade emergiram como invenções de múltiplos mundos com os jovens na produção de uma política de pesquisa que afirma a diferença como potência, fluxo, e não como elemento que deve ser excluído ou adequado às normas sociais. Desse modo, habitamos os desvios ao enveredarmo-nos pela potência dos acontecimentos emergidos no caminho da pesquisa, onde pesquisador e pesquisado se afetam e se constroem conjuntamente.
Palavras-Chave: Juventude, Política Nacional de Assistência Social, Risco,