Autorregulação e estilo parental no cuidado de crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

Nome: ANDRÉIA FERREIRA ARAÚJO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/12/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIANE LIMA DE SOUZA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIA BROETTO ROSSETTI Examinador Interno
FABIANA PINHEIRO RAMOS Examinador Externo
KELY MARIA DE SOUSA PEREIRA Examinador Interno
MARIANE LIMA DE SOUZA Orientador

Resumo: O estilo parental é um indicador importante do desenvolvimento infantil bem-sucedido e requer habilidades de autorregulação dos pais por meio de processos executivos. Um estilo parental negativo pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de problemas internalizantes e externalizantes em crianças com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Assim, é importante analisar se a autorregulação dos pais é um mecanismo subjacente relacionado aos estilos parentais de risco nessa população. O objetivo da pesquisa foi examinar se autorregulação, neste estudo, mais especificamente os prejuízos na atenção, nas FE, na autorregulação emocional e na motivação associam-se ao estilo parental de risco em pais de crianças com TDAH. Para tanto, foram realizados dois estudos. O Artigo 1, de abordagem qualitativa, seguiu um delineamento de estudo de casos múltiplos com o objetivo de investigar a efetividade de 3 diferentes instrumentos para a avaliação psicológica do perfil cognitivo de crianças com TDAH. Foram avaliadas 4 crianças com TDAH (2 meninas), de 7 a 11 anos, com os instrumentos: Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção, Escala Wechsler Abreviada de Inteligência e Teste dos Cinco Dígitos. Os sintomas de hiperatividade, impulsividade e atenção foram bem explicados por meio das medidas das funções executivas e atenção. A discussão delimitou o potencial dos instrumentos utilizados para a caracterização e compreensão das variações clínicas deste transtorno, bem como sugere sua aplicação nas avaliações e planos de tratamento adequado às necessidades das crianças com TDAH. O Artigo 2, de abordagem quantitativa, seguiu um delineamento de estudo quase experimental com o objetivo de examinar se a autorregulação dos pais seria uma variável associada aos estilos parentais de risco na amostra. Os participantes incluíram 60 pais (80% de mães) com filhos de 6 a 12 anos, que responderam à Escala de Avaliação de Disfunções Executivas, ao Teste Atenção Concentrada e ao Inventário de Estilos Parentais. Foi possível verificar que os prejuízos em autorregulação dos pais associam-se ao estilo parental de risco nessa população. Conclui-se que os prejuízos nos componentes cognitivos de atenção concentrada, organização, resolução de problemas e motivação dos pais são indicadores de práticas parentais negativas e podem contribuir para a elaboração de estratégias de intervenções para melhorar o estilo parental de risco.

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