O USO DO ROLE-PLAYING GAME (RPG) COMO FERRAMENTA DE ENSINO DE HABILIDADES SOCIAIS A ADOLESCENTES AUTISTAS

Nome: MATHEUS MOREIRA ALVES

Data de publicação: 25/06/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FABIANA PINHEIRO RAMOS Presidente
HUGO CRISTO SANT ANNA Examinador Interno
LUCIANO DE SOUZA CUNHA Examinador Externo

Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que tem como principais características comportamentos repetitivos, déficits de comunicação e interação social, este último sendo um fator que se torna mais complexo à medida que o indivíduo passa da infância para a adolescência e é confrontado com situações que envolvem, por exemplo: fazer e manter amizades, se portar em ambientes sociais e expressar seus sentimentos de forma funcional. Buscando superar tais lacunas, estruturaram-se modelos de aquisição e ampliação do repertório social de tais indivíduos, conforme a literatura da área, entre eles a video modelação, ensaios comportamentais e as técnicas de role-play, esta última podendo ser proposta utilizando jogos de tabuleiro do tipo Role-Playing-Game (RPG). Este modelo de jogo se popularizou nos anos de 1970 e se caracteriza pela interpretação de papeis e o caráter interativo entre os participantes, sendo que nas partidas os jogadores são guiados pela figura do Narrador, figura esta responsável por ilustrar verbalmente a história para os jogadores, favorecendo as interações entre os participantes. Tendo em vista a capacidade de flexibilização e criação de sessões com RPG com novas narrativas, este estudo teve como objetivo analisar a eficácia deste jogo para o desenvolvimento de habilidades sociais em adolescentes autistas. Participaram da pesquisa 8 adolescentes, agrupados em grupos de até 3 participantes, e que realizaram 9 encontros com 50 a 60 minutos de duração. Os ganhos comportamentais após a intervenção foram avaliados por meio do Sistema de Avaliação de Habilidades Sociais (SRRS). Este inventário avalia o repertório de habilidades sociais de forma direta com a aplicação de um questionário auto avaliativo, realizado com o próprio participante, e de forma indireta com um segundo questionário voltado a pais e cuidadores, também foram coletadas descrições do desempenho dos participantes durante as oficinas. Após os adolescentes participarem da intervenção com RPG houve ampliação de parte do repertório de habilidades sociais com ênfase na melhoria da assertividade e da empatia/afetividade, na visão do próprio adolescente, enquanto na observação de responsáveis a evolução ocorreu, em especial, nas áreas de desenvoltura social e afetividade, e cooperação.

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