A INFLUÊNCIA DA ESPERANÇA NA SAÚDE MENTAL DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
Nome: GUSTAVO MANENTI LIMA
Data de publicação: 23/11/2023
Banca:
Nome | Papel |
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ESTEFÂNEA ÉLIDA DA SILVA GUSMÃO | Examinador Externo |
FABIANA PINHEIRO RAMOS | Examinador Interno |
VALESCHKA MARTINS GUERRA | Presidente |
Resumo: Em uma sociedade onde os relatos de ansiedade e depressão em estudantes de graduação e pós-graduação aumentam a cada dia, o estudo de fatores protetivos à saúde mental se faz ainda mais importante. Dessa forma, a Esperança, um conceito definido
por Rick Snyder como um conjunto cognitivo voltado a obtenção de objetivos, onde a motivação direcionada a metas (agência) e o planejamento para alcançar essas metas (caminhos) interajam continuamente, apresenta-se como um potencial contribuinte para a manutenção da saúde psíquica. Assim, esta dissertação teve como objetivo investigar
o impacto da esperança na ansiedade e depressão em estudantes de graduação e pós-graduação, além de verificar sua associação com o bem-estar e flexibilidade psicológica como preditor de boa saúde mental. Para tanto, foram realizados dois estudos distintos. O primeiro estudo foi realizado por meio de uma revisão integrativa da literatura. Esse
método sistematizado de busca de artigos foi adotado para mapear a produção científica em Psicologia acerca do tema Teoria da Esperança, no contexto mundial, entre os anos de 2006 a 2022. Buscas realizadas nas bases de dados Redalyc, PePSIC, SciElo, Scopus, Web of Science, MEDLINE e PsycArticles, utilizaram como descritor “Teoria da Esperança” e “Hope Theory”. No total, foram selecionadas 110 publicações. Os resultados evidenciaram mais de 20 temas abordados, sendo a influência da Esperança
no contexto educacional, em diferentes níveis, como tema predominante, com 19 artigos encontrados. Quanto ao local de produção, foram encontradas publicações em diversos países, sugerindo uma disseminação global desse tópico de pesquisa, com os Estados Unidos tendo a predominância com 60 publicações, enquanto o Brasil apresentou
apenas 2. Assim, considerando a presença tão diversificada da Teoria da Esperança na literatura acadêmica, ela ainda se apresenta em constante desenvolvimento científico, apesar de ter sido apresentada há mais de 30 anos. O segundo estudo adotou método qualitativo com coleta online que propôs a utilização de instrumentos quantitativos para
investigar associações entre esperança e ansiedade, depressão, bem-estar e flexibilidade psicológica. Os principais resultados foram a associação positiva entre Esperança e Os resultados revelaram que a esperança se correlacionou positivamente com variáveis de bem-estar, como emoções positivas, engajamento, relacionamentos positivos, sentido de
vida, realização, saúde física e bem-estar geral. Este estudo contribui para uma compreensão mais profunda dos fatores que afetam a saúde mental dos estudantes e auxilia futuras implantações de intervenções e programas de apoio psicológico
direcionado a esse grupo específico.