Carreira para quem? O início dos estudos inclusivos de carreira no Brasil sob a ótica da Psicologia do Trabalhar

Nome: FERNANDA MENDES PIRES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 25/10/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO LUIZ DE ANDRADE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO LUIZ DE ANDRADE Orientador
ANGELA CHRISTINA LUCAS Examinador Externo
BRUNO FELIX VON BORELL DE ARAUJO Examinador Externo
MARCELO AFONSO RIBEIRO Examinador Externo
RODOLFO AUGUSTO MATTEO AMBIEL Examinador Externo

Resumo: A Psychology of Working Theory, no português Teoria da Psicologia do Trabalhar (TPT), enfatiza os fatores socioculturais, econômicos e políticos que influenciam a distribuição de recursos e possibilidades para todas as pessoas que trabalham e querem trabalhar com atenção àqueles negligenciados do privilégio das escolhas em suas experiências e decisões de carreira. Esta tese de doutorado buscou por meio de quatro estudos introduzir a Teoria da Psicologia do Trabalhar no Brasil. O primeiro estudo investigou, apresenta a TPT, demonstrando sua relevância no cenário das teorias de carreira, bem como destaca a sua pertinência diante das atuais configurações do mundo do trabalho e do contexto brasileiro. Perante as diversas variáveis estudadas pela TPT, volição no trabalho parece ser relevante já que, segundo os autores, as escolhas no trabalho são concebidas como premissa básica na maior parte dos estudos de carreira até o momento. O segundo estudo, por meio de uma revisão integrativa, o que vem sendo estudado e publicado na literatura acadêmica nacional e internacional sobre a Psicologia do Trabalhar. Os resultados não encontraram publicações nacionais embasados pela teoria, contudo indicam que a partir de 2019 houve um crescimento expressivo das publicações no âmbito internacional, concentradas no método quantitativo com elaborações e adaptações de escalas relacionadas aos construtos da teoria, evidência empíricas parciais do modelo teórico e em autoria e realidade do trabalho no contexto norte-americana. Nesse sentido, o terceiro artigo adaptou e levantou evidências psicométricas iniciais para o contexto brasileiro da Work Volition Scale (WVS). Os resultados apontaram evidências positivas de validade de conteúdo, estrutura interna e externa, além de indicadores de precisão que corroboram o uso da versão adaptada em português brasileiro. O quarto estudo adaptou as Escalas de Restrições Econômicas, Experiências de Marginalização na Vida e Satisfação de Necessidades no Trabalho para o contexto social e cultural do Brasil, além de testar o modelo completo da TPT em trabalhadores brasileiros. Os resultados indicam evidências positivas para adaptação das escalas e, principalmente, demonstram achados que sustentam, em quase a sua totalidade, a proposição original da TPT no contexto brasileiro apoiando a validade transcultural da teoria. Contrapondo-se ao modelo, os resultados não significativos foram encontrados ao observarmos que a marginalização não se demonstrou preditora de volição no trabalho e não mediou a relação de volição entre marginalização e trabalho decente. Por fim, são debatidas as limitações destes estudos, sugestões de pesquisas futuras e estratégias de medidas protetivas e de apoio ao trabalhador brasileiro no campo da orientação profissional e de carreira, bem como das políticas públicas. A aproximação da TPT para o contexto brasileiro mostrou-se como uma contribuição desta tese, no entanto, ainda é preciso muito esforço científico e prático para redução das desigualdades e em busca de justiça social.

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