O Aprender na Perspectiva de Crianças Com Queixa de Dificuldade de Aprendizagem

Nome: KELY PRATA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/08/2009
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIANE LIMA DE SOUZA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ ALOYSEO BZUNECK Examinador Externo
MARIA MARGARIDA PEREIRA RODRIGUES Examinador Interno
MARIANE LIMA DE SOUZA Orientador

Resumo: Tornam-se cada vez mais freqüentes nos sistemas públicos de saúde, nas clínicas-escola e nos consultórios particulares as queixas sobre Dificuldades de Aprendizagem - DA nos anos iniciais de escolarização. A necessidade de programar procedimentos de prevenção e de intervenção clínica no atendimento dessa demanda tem incentivado pesquisas que visam à identificação e análise de fatores que subsidiam a melhor compreensão desta demanda. A revisão da literatura científica indicou que as DA podem ser entendidas como comprometimentos da capacidade adaptativa da criança à situação de aprendizagem, incitando possíveis interações entre a metacognição, a autoregulação e a motivação para aprendizagem no desenvolvimento deste tipo de queixa escolar. Esta investigação pretendeu compreender as relações entre as crenças sobre o ato de aprender, o senso de autoeficácia e o uso de estratégias de aprendizagem por crianças com queixa de dificuldades de aprendizagem, e suas repercussões no comportamento manifesto orientado para aprendizagem. Participaram 12 crianças com idades entre 6 e 12 anos, de ambos os sexos, cursando as séries iniciais em escolas da rede particular de ensino fundamental e que foram selecionadas através de avaliação clínica psicométrica. A caracterização das crenças sobre o ato de aprender, do senso de autoeficácia e do uso de estratégias de aprendizagem deu-se através de procedimentos lúdicos e semi-estruturados de entrevista e observação comportamental. Os dados foram submetidos à análise a partir dos referenciais da Fenomenologia Semiótica e os resultados mostraram que a conceituação sobre o aprender construída pela criança com queixa de DA afeta diretamente sua abordagem à aprendizagem, sua autoeficácia e o uso assertivo de estratégias de aprendizagem, inviabilizando a aprendizagem de modo bastante significativo. Estes achados atentaram ainda para influência de fatores afetivos e motivacionais no desenvolvimento da (não) aprendizagem e permitiram o reconhecimento dos fatores investigados como critérios norteadores da avaliação clínica da aprendizagem e da intervenção psicopedagógica. Nota-se ainda que o melhoramento da capacidade adaptativa e de enfrentamento das situações de aprendizagem das crianças com queixa de DA está fortemente vinculado ao entendimento minucioso das relações entre metacognição, autoregulação e abordagem à aprendizagem.

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