'Todo Vagabundo é Maconheiro, mas nem todo Maconheiro é Vagabundo'. Um Estudo com Consumidores Estáveis de Maconha

Nome: FRANCISCO DE ASSIS LIMA FILHO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/08/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA CRISTINA SMITH MENANDRO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDINETE MARIA ROSA Examinador Interno
MARIA CRISTINA SMITH MENANDRO Orientador

Resumo: A maconha é substância psicoativa mais consumida em todo o mundo. A literatura científica sobre maconha enfoca principalmente efeitos farmacológicos ocasionados, estratégias de prevenção, políticas públicas para consumidores de drogas e consumidores abusivos. Apenas um pequeno número de estudos dedica-se a investigar aspectos psicossociais sobre o consumo, assim como valores e práticas de consumidores de maconha socialmente integrados. A partir dessa lacuna, procuramos investigar o consumo de maconha por sujeitos socialmente integrados, bem como suas representações sociais de maconha. Desenvolvemos estudo qualitativo com 10 consumidores estáveis de maconha, todos do sexo masculino, com idades de 20 a 32 anos. Para a coleta de dados foi utilizada entrevista com base em roteiro semi-estruturado. Para análise dos dados, utilizamos método com base fenomenológica juntamente com análise de conteúdo. Os principais resultados mostram: a identificação dos sujeitos a um padrão de consumo não associado a práticas abusivas, sendo justificado através do cumprimento de obrigações sociais e observância de controles sociais; a identificação e aproximação desses consumidores com a realidade social de não-consumidores drogas; a importância da ressignificação, por parte dos sujeitos, das informações sobre maconha inicialmente fornecidas por parte de instituições sociais (família, escola, religião) para o estabelecimento da regularidade no consumo; o padrão de consumo de maconha e a sua percepção pelos consumidores não está baseado somente em paradigmas médicos, legais - outras lógicas não quantificáveis são utilizadas na auto-classificação e levam em conta aspectos subjetivos, situações de consumo, atividades que serão desempenhadas, disponibilidade para consumir, entre outros; as representações sociais de maconha presentes nos discursos dos sujeitos expressam a desmistificação de seus efeitos, sua ligação com o prazer e seu caráter natural. Concluímos que a investigação dos conhecimentos ou da percepção dos consumidores de maconha sobre a própria prática de consumo permite compreender esse fenômeno de modo menos fragmentado.

Palavras-chave: Consumidor regular e representações sociais.

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