Alienação Parental: Experiências e Representações

Nome: JULIANA BRUNORO DE FREITAS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/08/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA CRISTINA SMITH MENANDRO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDGAR SCHNEIDER Examinador Externo
MARIA CRISTINA SMITH MENANDRO Orientador
PRISCILLA DE OLIVEIRA MARTINS DA SILVA Examinador Interno

Resumo: Nos casos de separação conjugal com disputa judicial pela guarda dos filhos, é possível que um dos genitores tente afastar os filhos do convívio com o outro genitor; impondo dificuldades à realização das visitas, desqualificando o ex-cônjuge para os filhos, causando, a alienação parental. Fundamentando-se na Teoria das Representações Sociais, a presente pesquisa teve como objetivo compreender o fenômeno da alienação parental e analisar como ele é vivenciado por pessoas que passaram por um processo de separação conjugal. Também buscou-se compreender o processo de separação conjugal, a disputa pela guarda dos filhos e identificar as representações sociais de objetos relacionados à alienação parental. Foram realizados dois estudos: Estudo 1 com três homens e três mulheres que vivenciaram um processo de separação conjugal, todos os entrevistados tiveram filhos durante o casamento e não era necessário que soubessem o que era alienação parental ou que tivessem vivenciado o fenômeno; Estudo 2 com quatro homens que vivenciaram um processo de separação conjugal com alienação parental, os quais são os genitores alienados. Para a análise e interpretação dos dados do Estudo 1 foi utilizada a metodologia da análise de conteúdo e no Estudo 2 a perspectiva fenomenológica. Os participantes dos dois estudos tiveram relações conjugais ruins, os filhos eram um dos motivos da manutenção do casamento e os processos de separação foram conflituosos. Após a dissolução do casamento, todos os homens tiveram o convívio com seus filhos reduzido por suas ex-esposas; já as mulheres entrevistadas cobravam maior participação dos pais de seus filhos. O casamento, sua dissolução e a relação com os filhos pós-divórcio são vivenciados pelos sujeitos apresentando aspectos ligados a novas e velhas configurações. A representação social que os sujeitos do Estudo 1 têm de alienação parental é que é algo ruim, horrível, nojento, faz mal para a criança, errado, covardia, ato de mau-caratismo. Já a representação social de alienação parental no Estudo 2 é que é algo ruim, covardia, egoísmo, exclusão, sofrimento. O conjunto dos dados indica que as representações sociais de alienação parental, conjugalidade, paternidade, maternidade e guarda de filhos estão intimamente relacionadas, indicando a existência de um campo representacional.

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