Crianças e Adolescentes Com Câncer e Suas Mães: Vivência do Tratamento da Doença, Redes de Apoio e Processos Proximais Durante e Após a Hospitalização

Nome: PAULA COIMBRA DA COSTA PEREIRA HOSTERT
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 10/12/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
EDINETE MARIA ROSA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALESSANDRA BALDOTTO RIBEIRO Examinador Interno
CHRISTYNE GOMES TOLEDO DE OLIVEIRA Examinador Externo
CLAUDIA PATROCINIO PEDROZA CANAL Examinador Interno
EDINETE MARIA ROSA Orientador
ELÂINE CRISTINA VARGAS DADALTO Examinador Externo

Resumo: A hospitalização, especialmente em decorrência de doenças crônicas como o câncer, afeta o comportamento e o desenvolvimento infantil, além de gerar impactos na família, que precisa lidar com essa nova realidade. Diante disso, este trabalho teve como objetivo investigar aspectos interpessoais da rede de apoio e da vivência do tratamento da doença durante a hospitalização e após a alta hospitalar de crianças e adolescentes com câncer e suas mães. Participaram 12 crianças e adolescentes, sendo quatro meninas e oito meninos, com idades entre 6 e 15 anos, com diagnóstico de câncer e internadas para tratamento em hospital público de Vitória (ES). Além deles, participaram as mães, perfazendo um total de 24 sujeitos. A pesquisa foi realizada em dois contextos, hospital e casa, sendo que o período de tempo entre as coletas realizadas nesses contextos variou de seis a 10 meses, dependendo das necessidades físicas e sociais de cada família. Foram utilizados cinco instrumentos para coleta de dados: ficha de dados sociodemográficos, roteiro de investigações sobre o histórico da doença; dois roteiros de entrevista semiestruturada e o mapa dos cinco campos. Os resultados mostraram que quanto maior e mais significativa foi a rede de apoio, melhor era a adesão e o estado de ânimo dos participantes e de suas mães frente ao tratamento. A rede de apoio no ambiente domiciliar foi maior em oito participantes, porém o apoio obtido no hospital foi reconhecido pelos 12 internados. Além disso, os processos proximais estabelecidos entre mães e filhos durante a hospitalização foram fortalecidos após o tratamento da doença e permaneceram após a alta hospitalar, pois nos relatos de oito mães e sete crianças/adolescentes a interação por meio dos cuidados e da companhia fez com que desenvolvessem amizade e intimidade, tornando a hospitalização menos dolorosa. Em casa, dez duplas de mãe e filho reconheceram que os benefícios dessas interações foram estendidos a toda família, minimizando os impactos da hospitalização. Quanto ao manejo da doença, foram descritas quatro categorias: vivência da doença e da hospitalização, sentimentos relacionados ao tratamento, relacionamentos com familiares e equipe médica, e enfrentamento da doença. Conclui-se que o apoio da mãe e da família, dos amigos e da equipe médica foi fator determinante para tornar o processo de hospitalização mais fácil e adaptativo. Assim, espera-se com este estudo fornecer subsídios para reforçar a contribuição das redes de apoio no tratamento do câncer, de modo a favorecer o enfrentamento da doença, o desenvolvimento dos acometidos e a recuperação da hospitalização.

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