Pomerisch Språk Urer Portugijsisch? Interação Comunicativa em Crianças Pomeranas Bilingues com Transtorno do Espectro Autista
Nome: MAYCK DJÚNIOR HARTWIG
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/08/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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CLAUDIA PATROCINIO PEDROZA CANAL | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALESSANDRA BRUNORO MOTTA LOSS | Suplente Interno |
CLAUDIA PATROCINIO PEDROZA CANAL | Orientador |
KELY MARIA DE SOUSA PEREIRA | Suplente Interno |
MÔNICA COLA CARIELLO BROTAS CORRÊA | Examinador Externo |
SÁVIO SILVEIRA DE QUEIROZ | Examinador Interno |
Resumo: Trata-se de um estudo realizado com crianças pomeranas diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA), residentes na cidade de Santa Maria de Jetibá-ES, conhecida como a cidade mais pomerana do Brasil, onde grande parte da população apresenta característica de bilinguismo simultâneo: português-pomerano. Nessa população, especialmente no contexto educacional, houve apresentação de algumas questões de maneira desafiadora, como o alto índice de reprovação, professores que não falam o pomerano e demonstram dificuldades na comunicação e interação com as crianças pomeranas das séries iniciais, além do aumento de crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista nos últimos dez anos. Dado o contexto e considerada a importância da qualidade na interação e comunicação com a criança autista, o objetivo desta pesquisa foi avaliar mediante interações estruturadas em Língua Pomerana e Língua Portuguesa, possibilitando a identificação das diferenças na qualidade das interações observadas em ambas as línguas. Assim, objetivo desta pesquisa foi de descrever comportamentos indicadores de comunicação, a partir de interações estruturadas em Língua Pomerana e Língua Portuguesa, possibilitando a identificação das diferenças nas interações observadas em L1 Língua Portuguesa e L2 Língua Pomerana. Para atingir os objetivos propostos, foram selecionadas 3 crianças do sexo masculino, sendo duas com 09 anos de idade e uma com 10 anos de idade, bilingues pomerano-português, diagnosticadas com TEA há pelo menos um ano antes desta pesquisa e acompanhadas por profissionais de saúde e educação inclusiva. Esta pesquisa adota uma metodologia descritiva, do tipo estudo de caso múltiplo, cujo método de análise de dados adotado foi de caráter qualitativo, a fim de compreender as variáveis subjetivas envolvidas no processo de comunicação e interação de cada caso. Os procedimentos de coleta de dados incluíram a apresentação de Pranchas de História Continuada, que tiveram como objetivo servir de estímulo visual para que a criança pudesse elaborar uma história. Os resultados indicam que nas interações realizadas em Língua Pomerana, os sorrisos, gesticulações, o compartilhamento da atenção e as demonstrações afetivas eram mais frequentes se comparados as interações realizadas em Língua Portuguesa, o que indica que a criança apresenta mais comportamentos não verbais nas interações realizadas em língua materna. Assim, este dado indica que as interações na língua materna (Pomerano), atuam no fortalecimento das habilidades de Atenção Compartilhada, competência central para que as interações sociais aconteçam.