EFEITOS DE UMA INTERVENÇÃO EM HABILIDADES SOCIAIS DE COMUNICAÇÃO COM GRUPO DE ADOLESCENTES COM TEA

Nome: PÂMELA POMPÉO ERLACHER

Data de publicação: 18/11/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIA PATROCINIO PEDROZA CANAL Presidente
FABIANA PINHEIRO RAMOS Examinador Interno
MÔNICA COLA CARIELLO BROTAS CORRÊA Examinador Externo

Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido tema de estudo na Psicologia há muitos anos,
proporcionando diversas pesquisas a respeito principalmente do desenvolvimento de crianças com o
transtorno. Um dos aspectos estudados é como as habilidades sociais – definidas como comportamentos
que auxiliam o indivíduo a interagir socialmente – são impactadas por essa condição, bem como as
estratégias para diminuir os efeitos desse déficit por meio do Treino de Habilidades Sociais (THS).
Entretanto, faz-se necessário aprofundar os conhecimentos sobre a interlocução dessas variáveis na
população adolescente, visto que é um período do desenvolvimento no qual as interações com pares têm
grande importância e o déficit em habilidades sociais, como a manutenção de conversas apropriadas à idade,
pode prejudicar essa experiência necessária. A partir disso, o presente estudo tem como objetivo descrever
os efeitos de um treino de conversação como meio para a expansão da variabilidade de habilidades sociais
de comunicação em adolescentes com TEA com nível 1 de suporte. Realizou-se uma pesquisa descritiva
por meio de um grupo de estimulação de habilidades sociais de comunicação, conduzidos duas vezes por
semana durante as férias escolares. Os encontros abordaram temas como elementos paralinguísticos,
conversas bidirecionais, entrada e saída de conversas e comunicação eletrônica. Foram utilizadas
entrevistas semiestruturadas antes e após a intervenção com dez adolescentes e suas mães, além de registros
observacionais de comportamento. Os dados das entrevistas foram submetidos à Análise de Conteúdo,
resultando na criação de categorias temáticas para comparar as percepções pré e pós-intervenção. Os
registros observacionais foram analisados pela frequência de comportamentos-alvo, permitindo uma análise
longitudinal dos efeitos. Os resultados indicaram que a intervenção promoveu aumento da confiança e
tranquilidade em situações sociais, com maior disposição para interagir com pares e familiares. A análise
dos registros observacionais demonstrou um aumento na frequência de comportamentos que sinalizam a
presença de habilidades linguísticas e paralinguísticas na maioria dos participantes. As mães relataram
ganhos secundários, como maior flexibilidade cognitiva e autorregulação emocional. Como conclusão, a
pesquisa destaca que a intervenção em grupo pode ter sido um meio para mudanças positivas,
proporcionando um ambiente seguro que aumentou a motivação social. No entanto, a generalização das
habilidades e o desenvolvimento da empatia foram desafios persistentes, atribuídos à curta duração do
programa.

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